sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Quanto tempo depois? 1 ano e 6 meses

Faz tempo e hoje eu quero postar. quero escreve algo aqui.
Tanta coisa mudou neste blog, até o jeito de postar. isso concretiza que realmente faz tempo que não escrevo por livre e espontânea vontade. Ando apenas escrevendo o que os outros me mandam fazer. Releases, reportagens, textos sobre Radiojornalismo, textos jornalísticos, textos, textos e textos. A verdade é que não tenho colocado os meus sentimentos para fora, e que sinto falta disso, em alguns momentos que a tristeza, ou o baixo astral, me encontram.

Vi uma foto e li um pequeno texto, relatando sobre como eu imaginava a minha volta ao Brasil, e como ela está agora. Em alguns pontos errei, mas em outros acertei muito bem. E foi neste momento que a minha depressão bateu. Estou aqui, vivendo a minha rotina de sempre. Estudando, trabalhando e lutando para viver uma vida "normal". Entrei na rotina que não queria entrar. Não tem como fugir disto, é impossível. Se queremos ser alguém na vida, as chances de possuir uma vida diferente, no início, são poucas.

Se eu tinha rotina lá? Claro que sim! Em qualquer lugar teremos. O problema é que eu tinha a livre e espontânea vontade de mudar ela, quando eu mesma quisesse. Aqui é praticamente impossível disto acontecer.

Como descrever tudo o que aconteceu? Um sonho. Exatamente isto. No dia 22 de abril de 2010 eu entrei em um sono profundo e fui acordar em 15 de abril de 2011, exatamente no mesmo lugar. O que mudou? Nada. Apenas as memórias de um sonho inesquecível, algo que não me parece real. Foi? Acho que não.

domingo, 20 de março de 2011

a ilusão do fim

Estou tentando não olhar muito o calendário. Minha mãe me disse que faltam 25 dias. O que eu posso dizer? Preparada? A gente tenta se preparar o máximo pro choque não ser tão grande, e que além de não ver mais as ruas, os lugares, não veremos mais as pessoas, também. E a gente tenta colocar na cabeça que não, que nos veremos outra vez, que o fim não existe, que na verdade ele é uma amarga ilusão. Ilusão? Qual das duas opções eu poderia considerar ilusão?
...

ao som de intro - the xx

sábado, 5 de março de 2011

França

Aqui estou eu, de novo. Hoje o dia está cinza e feio, nem dá vontade de sair de casa. Os últimos dias aqui em Dublin foram lindos, com sol e uma temperatura extremamente agradável de 6, 7 graus. Esse clima é pra continuar durante essa semana, tomara. Dias assim me deixam muito mais alegre!
Mas bem...França. Paris.. é uma cidade totalmente turística, talvez esse ponto que tenha me deixado com raiva de lá. Por incrível que pareça, eu não gosto de turístas com câmeras, mapas, gritando, pedindo informações, comprando, fazendo e acontecendo. E Paris é total assim, e uma cidade totalmente busy, ninguém para, um minuto que seja, trânsito louco, pessoas correndo na rua, no telefone, busy, busy, busy.
Logo que cheguei, com chuva, peguei um bus do aeroporto para o centro e, quando cheguei no centro minha primeira impressão foi de pavor. Cidade toda gigante, pensei "o que eu estou fazendo aqui sozinha, meu deus?" Mas continuei caminhando sei lá pra onde, até que um homem começou a falar em francês comigo na rua (isso é outra coisa que me irritou lá. Os franceses pelo jeito odeiam falar inglês. Muitas vezes nas lojas ou restaurantes eu falava inglês com eles, e eles em francês comigo, que ódio) ai expliquei que só falava português ou inglês, um pouco de espanhol, de repente. Começamos a falar inglês, e, que ódio dele, pois ele é das arábias, então fala árabe, alemão (ele já morou lá e, assim como eu, é o lugar preferido dele), inglês, francês. Ele me convidou pra tomar um café, já que estava chovendo bastante naquela hora, então eu fui. Meu primeiro café em Paris, que lindo. Conversamos bastante, ele me ajudou a encontrar meu hostel, me indicou o caminho e nos despedimos. Foi a pessoa mais simpática de Paris que eu conheci.
Demorei bastantinho tempo pra encontrar o hostel, mas cheguei depois de pegar o metro (ee, consegui me virar sozinha no metro. ps: eu odeio metros, sempre me confundo toda).
A cidade é muito bonita, com estátuas de ouro e tal, eles gostam mesmo de aparecer, franceses antipáticos e outros trovadores demais, sem um meio termo, sabe? Homens chatos vendendo torres eiffels, comida cara, roupas caras, tudo caro. Encontrei a salsicha mesma que a do Brasil e fiquei feliz (aqui só temos salsicha de porco, sim). Fiquei 4 horas no Louvre e não conheci metade daquele lugar enorme, vi a Monna Lisa, obras de michelangelo, obras que meu professor de história da arte mostrava em slides para nós e, agora eu podia ver com meus próprios olhos, exposta no museu do Louvre. Foi incrível.
A igreja Notre Dame é linda demais, a torre eiffel parece de mentirinha, quando olhava pra ela, era quase impossível acreditar que eu realmente estava lá. Champs Elysees é demais (mãe, tu ia amar essa rua, de lojas lindas, lindas), praça de luxemburgo linda (enquanto estava caminhando nela, abriu um sol gostoso, foi legal). Não me emocionei tanto quanto as pessoas falam que se emocionam quando sobem na torre eiffel. Os banheiros públicos NAO EXISTEM, de tão demais que são. Segue a foto e a explicação: Aperta naquele botãozinho e a porta abre automáticamente, então você entra, aberta no botãozinho e fecha. Uma mulher fica falando em francês com você, fazendo companhia (ha), depois só sair a porta fecha sozinha e o banheiro se "auto-limpa" sozinho!!! é ótimo, sério. banheiro sempre bem limpinho. Agora sei, existem banheiros públicos de graça, limpos! =) só em paris, mesmo.
Mas né, dessa vez minha viagem teve uma parte muito ruim. O hostel que eu fiquei era muito ruim (the three ducks, já digo o nome pra ninguém nunca ir lá), chuveiro horrível, banheiros só no corredor e o corredor era na rua, então era frio... E nos quartos não haviam armários pra colocar as coisas e trancar com chave, então no domingo, quando fui tomar banho, deixei minha bolsa por 5 minutos em cima da cama, para tomar banho, e havia um brasileiro filha da puta (sim, brasileiro, tinha que ser. Sabem, eu tenho vergonha de dizer que sou brasileira aqui, muitas vezes. e é triste isso, mas é a realidade. Os brasileiros mongolões fazem merda, e depois os europeus não gostam de brasileiros, todos acabam pagando pelos maus) voltei, fui dormir. No outro dia estava no centro, fui comprar uma coisa e... cadê meu dinheiro? Na minha carteira, apenas o ticket do bus para voltar estava lá. Fiquei chateada mais porque era o único dinheiro que eu tinha lá na França, só tinha mais 5 euros no bolso, meu cartão da irlanda não funcionou lá, e o cartão do meu pai, que eu não gosto de sair usando. Isso estragou minha viagem, não pude ir no moulin rouge e no café da Amélie, porque tinha o dinheiro contado pro metro. Me deu um ódio mortal de brasileiros e de Paris, voltei pro hostel e fui pro aeroporto no outro dia, voltar para Dublin. Esse foi o fim da minha viagem, nada como eu gostaria, mas né. Experiências, experiências, sempre =)
No fim foi muito bom voltar pra casa, de novo. Ver meus amigos, minha família. Na verdade foi um pouco triste, pois quando voltei tinha um recado no nosso quadrinho de recados aqui em casa, do Yuri, que nos deixou no dia 28. Me deu um choquezinho, pensando poxa, tá chegando a nossa hora, a hora de nos separarmos, é tão ruim sem ele aqui, assim como foi ruim quando o Jonas foi embora também. A gente pensa que está, mas nunca está totalmente preparada pra "perder" alguém. Pelo menos ainda vou ver ele, antes de ir embora. E depois, em São Paulo. Tenho muitas desculpas pra viajar agora =)

quinta-feira, 3 de março de 2011

Húngria

Ops.. acho que esqueci que tenho um blog. Estou postando mais pra manter o pessoal do brasil atualizado, pois resolvi, pela primeira vez, levar meu caderno junto (melhor coisa que eu fiz) e tenho tudo guardadinho, nos melhores detalhes ali dentro (morram de inveja, nunca vão saber tudo, ha).
Bem, Húngria? O melhor país que já conheci, e vai ficar marcado por muito tempo no meu coração. Não, sei, acho que tive uma paixão meio imediata por Budapeste. A cidade me parecia tão familiar, foi tão fácil caminhar naquelas ruas, andar, conhecer... Parecia uma cidade de algum sonho que tive alguma vez, não parecia realmente existir.
Húngria é um país muito antigo, muito mesmo. A primeira ponte foi construída em 800 e poucos. Linda. Toda arquitetura daquela cidade é antiga, digo, antiga mesmooo. A cidade é dividida em duas partes, Buda e Peste. Peste seria a parte nova (que é no min. 3x mais velha que o Brasil) e Buda, parte antiga.
Buda é linda, montanhosa, com castelos e prédios realmente antigos, alguns em pedaços. E Peste é totalmente plana onde existem mais praças, parlamento, etc. É fácil se localizar lá, se está vendo muitas montanhas, pode ter certeza que está em Buda, e plano, Peste.
Meu hostel era simplismente adorável. A staff já estava me esperando na porta, pulando de alegria que eu era do Brasil, dizendo algumas palavras em português. O hostel parecia uma pensão, pessoal dormia mais ou menos juntos, todos muito queridos, tinha uma sala querida, com tv, computadores, chá e aquecedor. Não tenho o que reclamar, foi perfeito tudo nessa viagem.
Fui em uma feirinha típica, linda, barata. Barato. Falando nisso, meu deus. Me senti a pessoa mais rica na Húngria! E tirei proveito disso, abusei. Limpei o chão daquele pub pra que? Claro, pra ter conforto pelo menos, ha. Comi muuuito, caminhei muuuito, comprei várias lembrancinhas.
Fui no museu house of horror e percebi como a Húngria sofreu com a segunda guerra, não tinha nem noção do que aconteceu nesse país, e agora sei.
Apesar de estar numa cidade perfeita pra mim, foi muito bom voltar para a minha Irlanda. Como é bom estar em casa, e como é bom morar aqui. Como é bom estar em casa com os meus flatmates, com meus amigos, no meu cantinho.
Alguns já foram embora daqui de casa, outros estão indo. A saudade tá começando a bater sem eu nem ter ido embora. Vai machucar muito ter que pegar aquele avião de volta pro Brasil e deixar tudo que vivi aqui, na minha mémoria e nas fotografias, apenas.
Logo mais, faço o post da minha viagem a paris, que não foi das melhores. Tudo que deu certo na húngria, deu errado em Paris. E isso me fez desistir de ir para a Itália, sozinha.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

The Late Late Show at RTE studios

Pois é gente, como eu disse, estou fazendo as melhores coisas somente agora. Pelo menos elas existiram né? Tem gente que nem por isso passou e já foi embora.
Pois bem, o Shane e a banda foram convidados para tocar num show aqui, que é basicamente o programa do Jô aqui na Irlanda, mas é chamado de The late late show. Programa de audiência, bla bla. E ele ganhou um free ticket e me convidou pra ir assistir ele tocar. Eles foram pro estúdio logo cedo pelas 4pm e eu fui somente as 8pm. Cheguei lá, fui apresentada para a mãe de um dos meninos da banda e mais dois caras. Vinho de graça, branco e tinto, refrigerantes e tal. Uma recepção bem legal. Ficamos ali, conversando até eles chamarem para entrar. Tudo bem organizadinho e legal. Quando entrei lá achei bem pequeno o lugar, na televisão realmente parece maior, haha.
Sentamos nos nossos lugares, e o apresentador já chegou, dando bom dia, fazendo brincadeirinhas e cantando. Percebi que somos "pagos" para fazer o que eles pedem. Ele falou algumas instruções sobre o que a gente deveria fazer, o que não poderiamos fazer, aplaudir, sorrir, ser feliz etc e tal. ha
Eles distribuem brindes, bem legal.
Eu fiquei o tempo todo com medinho, não queria aparecer na câmera e estava fazendo macumba pra ninguém falar comigo, certeza que ia me errar toda no inglês de nervosa e, como eu sou suuuuper social e nada tímida eu com certeza ia fazer merda. Ninguém falou comigo, ufa. haha mas apareci de pertinho na tv, ai.
Os meninos tocaram super bem bem, foi bem legal.
Quando terminou, ganhamos um voucher de 100 euros para usar na loja O2, é uma loja de telefones, eles vendem esse tipo de coisa. Mas nossa, super bom! amanhã mesmo to indo comprar um ipig pra mim =)
Encontrei o Shane logo na saída, pegamos carona com o manager da banda e com a namorada dele (que por sinal é muito chaaaaaata. Sabe aquelas meninas fúteis, ridículas e que com certeza não sabem somar 2+2? Pois é. Ela ainda era um pouco pior) e fomos para o captain americas, aqui no centro, que uns amigos deles iam tocar. No fim deu uma tropa de irlandeses falando "what's tha craic" e outras gírias complicadinhas. Mas pessoal muito legal!
Bem, tenho dito expêriencias realmente únicas aqui, que nunca mais vou ter na minha vida MESMO. Encontrei pessoas que me fazem sorrir e esquecer um pouco dos meus problemas. Já está comprovado que eu estaria deitada na minha cama chorando ainda, se não tivesse encontrado essas pessoas.
Sobre a porcaria da foto, desculpem. Tirada do meu celular, rápido. Só tirei mesmo pra ter uma lembrança disso.
Pra quem gostaria de escutar a música que eles tocaram clique aqui! 

Ah, e quem quiser pode comentar viu, eu realmente não fico chateada. ha

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

compartilhando mais um pouco de mim

Começando a vivenciar partes de uma vida típica irlandesa que eu não tinha antes. (Obvio, moro com estrangeiros, no centro e longe dos reais costumes irlandeses.)
Ontem fui num pub bem afastado do centro, de novo, onde meu amigo ia tocar, então fui com ele. Pessoas mais velhas, simpáticas, bebendo uma Bulmers ou Guinness, ótimo jeito de terminar um domingo antes de começar a semana.
Sentei numa mesa com duas senhoras, de mais ou menos 40 e poucos anos, e começamos a conversar, trocar culturas.
Elas adoraram saber que eu sou do Brasil (diferente do centro, onde as pessoas quase odeiam os brasileiros) perguntaram milhões de coisas, me deram dicas amorosas, de privacidade, etc. ha, achei super legal, senhoras de 40 anos conversarem sobre qualquer tipo de assunto, onde no Brasil isso nem sempre é possível, sendo senhoras dessa idade, tão reservadas. Logo mais tarde, o marido de uma delas chega, brincando com todos, da um beijo nela e se despede de todo mundo. Eu logo vou me despedindo da senhora também e ela me diz -o que? Só porque ele vai embora eu tenho que ir também? Capaz, isso não existe aqui. Sempre fico bebendo com as minhas amigas até eu ficar cansada. Fazemos isso todos os domingos. Isso sim é um ato de feminismo, gostei de ver! ficou de exemplo pra mim, ha. No fim, ficamos amigas e ela me convidou pra ir domingo que vem lá, que a mulher do cara que trabalha no pub é brasileira (sim, sempre tem) e ela vai vir e precisa me conhecer. Irlandeses simpáticos, não os que eu sempre conheci aqui no centro.
Passei o dia em Dublin 24, parques, lojas de discos, cds, livros. Estou me apaixonando mais e mais por esse lugar, cada vez ficando mais complicado de deixar algo que eu pensei que seria muito fácil.
Hoje, tenho 700 sentimentos dentro de mim, 50 vontades diferentes e 10 jeitos de tentar resolver tudo sem que eu fique muito mal. No fim, nada vai dar certo, ou tudo.
Não estou mais trabalhando, talvez essa seja a parte de tanta felicidade e vontade de Dublin, porque aqui, todos sabiam que o trabalho era o que mais me desmotivava a ficar aqui. Conheci pessoas fantásticas no meu trabalho, mas nada se compara as coisas que tive que suportar, abaixar a cabeça e fazer, naquele lugar. Meu último dia de trabalho foi uma droga, com meu chefe chato me enchendo o saco e mandando eu fazer milhões de coisas. Espero realmente não precisar olhar mais pra cara dele.
Pretendo fazer uma mini festa de despedida para as pessoas legais lá do trabalho, veremos. Do meu chefe querido, já sinto saudades.
Meu inglês foi de 8 para 800. Novas amizades que fizeram eu falar mais inglês. As vezes, até esquecer o português.
Estou feliz. Os problemas? bem...eu posso pensar depois!
Não gosto de gritar minha felicidade por ai, mas to explodindo, e preciso compartilhar.

Amanhã, exatos dois meses para deixar a Irlanda, a europa, minha nova paixonite.

Na foto, minha flatmate da Espanha. Segunda pessoa que mais me compreende aqui, no momento.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

.

-mas tu vai para o Brasil e não volta nunca mais pra cá?
pausa.
-é, parece que sim.

ouch, isso dói saber.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

quase fim do inverno!

Olá! Sim, não postei mais. Sim, não tive muita vontade nem tempo nem nada para postar. Novidades são muitas, mas impostáveis, desculpem-me. Mas quero que todos saibam que estou passando um dos melhores momentos da minha vida aqui na Irlanda. E pra quem acha que me arrependo do passado, não.
Tudo foi tão necessário para poder ter a melhor experiência da minha vida!
Estou conhecendo lugares legais, retomando meus amigos que por algum tempo de certa maneira estive ausente por esse tempo.
Estou amando a Irlanda, de novo. Lugar que eu jamais vou esquecer. E agora, só porque eu não quero mais, esse tempo passa voando, e quando vejo, em alguns dias faltarão 2 meses para a minha volta a Novo Hamburgo. E eu já não sei se isso me deixa feliz.
Mas tirando isso, pouca coisa mudou por aqui. Além do frio, que não é mais tanto. Mas a chuva e o vento aumentou, bastante. Teve dias que ficou impossível de caminhar na rua, vento de 75km/h.
Essa é a minha última semana de trabalho, sexta-feira o último dia. Vou sentir muita falta disso, por incrível que pareça.  é estranho saber que essa rotina que tive por 9 meses vai acabar, e que eu sei que nunca mais vou ter de volta. Não é a rotina do Brasil, que sei que um dia vai voltar. Diferente saber que não vou ver meu chefe mais, me xingando ou fazendo um café ruim para mim. Que toda a vida que eu tenho aqui agora, nunca mais vou ter.
E as viagens estão chegando! estou feliz :)
desculpem o post, mas tem muita gente me atrapalhando a faze-lo, ha. Outra hora posto com mais novidades e paciência.


Na foto, pessoal do trabalho na staff party.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

janeiro cinza

Minha mãe pediu pra mim postar, como aqui ela não tem muitas coisas pra me pedir, já que a distância é grande, to realizando esse pedido dela. E hoje, tomei vergonha na cara e arrumei meu armário. E lembrei dela dizendo "nossa, como tu é desorganizada! Vai arrumar esse teu armário!!" Acho que até disso eu já sinto falta, e prometo, mãe, quando voltar vou arrumar meu armário bem bonitinho, HA!
Mas sim, não postei exatamente pelo fato de que nada novo aconteceu por aqui. Assim como o planejado era, janeiro seria um mês para esperar o frio passar.
Tenho trabalhado muito pouco nesses últimos tempos, o movimento do pub (assim como de dublin inteira) é muito pequeno, sinceramente não sei onde essas pessoas se enfiaram. Essa semana que passou cheguei a fazer apenas 10 horas.
Ganhando pouco e as lojas enlouquecendo. No dia 26 de dezembro, um dia depois do natal, existe o boxing day, que "Reza a lenda que o dia pós o Natal era destinado a caridade e muitas pessoas faziam doações aos pobres. Dizem ainda que o nome Boxing Day, teria origem justamente pela abertura das caixas de donativos, coletados por semanas e que depois do Natal, era aberto e ofertado aos pobres." Então as lojas resolveram aplicar isso também, deixando uma grande quantidade de produtos com até 70% de desconto! E digo, não é como essas promoçõezinhas do brasil, realmente vale tudo a pena! Quem tem um pouquinho de consumista dentro de si, com certeza ama esse tempo de promoções.
E as promoções duram até hoje, todas as lojas estão com os produtos pela metade do preço, e eu, ganhando pouco, ai. haha
O inverno é meio triste por aqui, ou ele me deixou meio triste, não sei dizer. Chove quase sempre, frio, vento. As pessoas não saem muito para a rua, ruas meio sujas, escurece muito cedo (15:20)...Só mesmo quando tem neve que é bonito, hehe. As árvores sem folhas...Era muito mais bonito na primavera, quero que ela chegue logo de novo!
Já estou um pouco com o clima de despedida por aqui. Já avisei meu chefe que vou sair em fevereiro (dia 15, mais precisamente), planejei minhas viagens finais e minha cabeça já está um pouquinho no Brasil, planejando o que vou fazer lá. planos, planos, sempre.
Comprei as passagens das minhas últimas viagens. A princípio, mudei alguns planos. Resolvi não sair loucamente viajando, até porque não preciso, ainda volto pra europa, pra conhecer o resto da sua apaixonante beleza, pode demorar um pouquinho, mas volto. Então não me preocupo em sair correndo pra conhecer cidades e, fazendo tudo rápido, acaba-se perdendo muita coisa, além de cansar muito.
Foi então que decidi ir para Hungria, Budapeste (sempre quis conhecer), França, Paris, em fevereiro. Itália, Roma, Florença e veneza e Escócia, Edimburgo, em março. Faço tudo com calma, ainda posso aproveitar o Saint Patrick's Day e a minha linda apresentação de ballet, giselle (aaaaai, que sonho) e ainda sobra um dinheirinho pra viajar em lugares pertinho do Brasil! Que felicidade!

sábado, 1 de janeiro de 2011

mais um ano novo

Uou, 2010 passou rápido mesmo hein.
Bem, trabalhar no ano novo foi uma coisa...diferente e cansativa. E meio escravizado.
Igual, aqui na Irlanda o ano novo não parece ser uma data muito importante para eles, pois ninguém se anima muito por aqui, teve 2 fogos de artifício, festas normais, tudo meio normal, por isso até achei uma boa trabalhar, sabia que se ficasse por aqui sem fazer nada seria meio ruim.
Vou contar meu dia de escravidão, haha.
Comecei a trabalhar de manhã, no dia 31 e voltei para o pub as 20h. Terminamos tudo as 4:30am e eu comecei hoje de manhã as 9am. é amigo, irlanda é mais ou menos assim mesmo, não se assuste.
Mas foi bom trabalhar, pessoal animado e tal. Estava bem busy, não deu tempo pra pensar em muitas coisas. Triste foi quando virou o ano, vi amigos se abraçando e senti saudades dos meus e da minha família.
Pude dormir no hotel do trabalho, porque tinha que começar cedo de manhã, trabalhei podre hoje e aqui estou eu, no ano de 2011 cheia de expectativas, planos, sonhos e tudo o que eu sempre tenho que ter pra poder manter um equilíbrio na minha vida.
Quando estava indo pro trabalho ontem de noite, fui pensando na minha mini retrospectiva desse ano, tudo que ganhei, tudo que perdi. Foi um ano completamente diferente de todos os outros que eu tive, o ano mais cheio de novidades e realizações, o ano em que eu mais amadureci, criei novas idéias, tive coragem de fazer coisas que não havia feito antes e minha cabeça mudou, além de tudo mais. Foi um ano produtivo, agradeço muito por esse ano ter sido do jeito que foi, me sinto uma pessoa melhor e com pensamentos melhores do que ano passado.
Espero que isso só continue melhorando, sempre. Que todas as coisas que acontecem na minha vida, me tragam algo de bom, mesmo que seja doloroso. Perco coisas, mas ganho outras. E assim que tem que ser.
Feliz com 2010, não esperando grandes coisas de 2011, se for parecido com 2010 já está perfeito! (realizando sonhos, sempre).

domingo, 26 de dezembro de 2010

Feliz natal!

Hey, voltei um pouco mais animada que da última vez. Tem coisas que a gente é obrigada a se acostumar, mesmo não querendo.
Não tenho muito o que falar por aqui, até porque poucas coisas aconteceram desde então. As viagens acabaram, a neve cobriu toda cidade e junto com ela, trouxe o frio de -11 graus deixando todas as pessoas sem muito ânimo pra sair por aí, fazendo qualquer coisa.
Fiquei doente, bastante. Dias de febre, dor no pulmão, mas tudo já está no seu caminho certo novamente.
O natal. Estava esperando essa data que muitos diziam para mim que era triste, sem a família e tal. Meu primeiro natal sem a minha família, sabia que seria estranho.
Não sei se é pelo que ando passando nesses últimos dias e juntou com o natal, mas falava com a minha família e queria muito estar lá, com eles. Sempre achei natal uma época linda, sempre gostei da janta em família, daquele clima gostoso. De acordar no dia 25 feliz, me arrumar e ir tomar banho de piscina na casa da minha vó. E eu senti muita falta disso tudo nessa semana, demais.
Mas enfim, trabalhei no dia 24, ganhei uma cerveja de presente de natal do meu colega de trabalho, conversei um pouco com eles e fui em busca de mantimentos para o dia 25 e 26 (aqui nada abre 25 e 26, nem cinemas, supermercados, nada). Cheguei em casa, arrumamos as coisas pro natal. Veio umas 17 pessoas aqui, cada um vez uma coisa de comer, trouxeram suas bebidas e assim passamos nosso natal sem as nossas famílias. Um natal diferente para todos.
Foi divertido, gostei bastante. Mas não trocaria por nada nesse mundo, estar com a minha família.
Ano novo eu vou trabalhar, logo após, conto para vocês como é passar a virada do ano trabalhando =P
Percebe-se, que aqui na irlanda, eles não ligam muito para o ano novo, importante mesmo é o natal, páscoa e essas datas religiosas.
Não ando muito inspirada em escrever, espero que isso passe logo. Vontade de Brasil está aumentando cada vez mais, a saudade é muito grande e até aquelas pessoas que não chegavam a ser muito importantes pra mim, eu sinto falta. Detalhes da minha vida ai, que quando eu penso, meu coração aperta. Até do verão eu estou sentindo um pouco falta, admito. haha
Bem, tudo tem seu tempo, e em abril eu estou voltando. Preciso de itália, frança e hungria ainda. preciso sentir elas.
E os planos começam, quando o ano começar.

domingo, 12 de dezembro de 2010

ninguém é alegre o tempo todo

Hoje o que eu mais queria era voltar. Pegar o primeiro avião de volta pro Brasil.
Só queria o colo da minha mãe, o abraço das minhas amigas e os conselhos de pedra, do meu amigo dizendo que "é foda nahara, mas um dia passa. vamos tomar uma cerveja e comer uns cookies."
E uma cerveja no c3, pra acalmar minha dor, com um prost e depois sair rolando a lomba da feevale, tirando fotos para um dia lembrar exatamente desse momento, que é quando encontramos a vista de toda cidade com as luzinhas brilhando, lá embaixo.
Ter meu espaço pra poder chorar em paz, trancada no meu quarto sem ninguém para me incomodar.
Tentar tirar essa dor de dentro de mim. Isso eu não posso fazer. Nem aqui, nem lá.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Bélgica

Mais uma viagem. E a última do ano, não dá mais para ficar viajando nesse frio! Deixamos de aproveitar muita coisa, por causa dele. Foi por isso talvez, que eu ainda estou pensando se gostei da Bélgica ou não.
Estava bastante frio, não conseguíamos caminhar direito na rua e o tempo não estava muito bom, com bastante neblina e tal. Mas foi divertido, desde quando uma viagem não é divertida?
Saímos de Dublin segunda cedo de manhã, nosso voo era as 7:50, que acabou sendo transferido para 8:10 e nos trocaram duas vezes de portão. Chegou a ser engraçado, todos na fila esperando, daqui a pouco só avisavam pelo microfone que mudou o portão, e toda galera ia pro outro, reclamando. haha
Chegamos lá, primeira imigração meio chata que eu pego, pediram papéis do hostel, passagem de volta, tudo; pegamos o ônibus até bruxelas e de lá pegamos um trem para brugge, que seria nossa primeira noite. No trem os avisos eram em francês e na língua deles, acho. Chegamos em brugge, bem perdidos e achamos nosso hostel sem querer, caminhando na cidade (percebe-se como ela é pequena). O hostel era bem adorável, antigo, mas o chuveiro tinha água gelaaada. Deixamos as coisas no hostel e fomos passear pela cidade. E nossa, que cidade. Muito fofa, me lembrou um pouco de bergen, na noruega, porque era pequena e tinha casinhas coloridas e bonitinhas. Chegando a noite, fomos num pub famoso de lá (segundo a velhinha do hostel) e existem 300 tipos de cerveja naquele pub. Demoramos horas pra escolher qual beber, acabamos bebendo a clássica da Bélgica, Bush, bem forte 13% de alcool.
Logo mais descobrimos que não se tinha mais nada para fazer na cidade e eram apenas 19h. Resolvemos patinar na pista que montaram no centro da cidade, bem bonitinha. Cansei, relembrei a época que eu fazia patinação, haha.

No outro dia de manhã, acordamos e voltamos para brugge, e como os avisos são apenas em duas línguas diferentes, passamos uma estação. haha
Chegamos na estação, e eu fui pedir um mapa e a explicação de como chegar no nosso hostel, descobrimos então que ele era muito longe, precisariamos pegar um trem e ainda caminhar para chegar até lá. E o nosso voo no outro dia era as 6am, não haveria trem para pegar tão cedo da manhã, já que o onibus saia as 4am. Decidimos então, ficar no centro, fazer turismo, e pegar o último onibus da noite para o aeroporto, e esperar lá.
Como o tempo estava meio feio, e estava muito frio, e não existe muito o que se fazer em bruxelas, comemos waflles, pegamos um onibus turístico, olhamos os pontos principais de bruxelas.
A arquitetura de bruxelas é linda, muitos prédios antigos, decorados, parlamento é muito bonito, igrejas também. Existe uma parte de bruxelas que é só de prédios grandes, a parte mais financeira, e isso me deixou meio triste, porque na minha opinião, europa não tem prédios grandes, assim como essa parte de londres me deixou triste também.
O manneken pis é realmente estranho. 300 pessoas na frente dele, e ele tem uns 15cm, haha. Bom mesmo é as lojas de chocolates naquela rua do lado e os waflles  maravilhosos que eles vendem lá. O grand place é muito bonito também, no verão deve ser lindo. O atomium eu pensei que seria muuuito menor do que ele realmente é. Me espantei.
Acabamos o dia no delirium pub, que é o mais famoso de bruxelas, tomando umas cervejas e comendo amendoim. Pegamos o último bus e fomos para o aeroporto, esperamos lá até as 5am, para fazer o check in e poder voltar pra casa.
Legal dessa viagem é que foi a que eu mais me virei, e mais me orgulhei de mim mesma. Cada vez me sinto mais a vontade em sair por ai viajando, cada vez sinto que não tenho com o que me preocupar e que tudo é muito fácil, sabendo fazer, procurar, abrir a boca pra pedir informação e ir em frente.
Agora só viver o inverno da irlanda, ver mais neve, trabalhar (juntar um dinheirinho). Para talvez viajar em fevereiro com a minha amiga, na cidade que eu sempre quis conhecer. E março, que tenho certeza que vai passar voando, só porque eu não quero.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

a irlanda tá branca!

Hoje é um dia que não se tem o que fazer, e precisamos pensar em outra coisa, para não pensar no frio, haha.
A irlanda está branca! E hoje foi o dia que mais nevou, eu acho. Nunca vi um lugar tão branquinho como a Irlanda hoje. Não trabalhei hoje, mas acordei e fui para o Stephen's Green, para quem não sabe é meu parque preferido de todos os parques que já conheci pelo mundo. E começou a nevar muito! Tirei várias fotos com a minha lomo e com a nikon também. O parque está realmente lindo, pensei que ele não poderia ser mais bonito do que já é, mas vi que sim, ele consegue ser mais bonito no inverno.
Na volta tive que passar numa loja e comprar um chocolate quente com mashmallows para me esquentar. Na rua da minha casa já encontrei meus flatmates me dando a melhor dica do dia: dar a volta por baixo para não ser atingida pelos vizinhos com bolas de neve. Tive que dar uma volta de 15 minutos a mais, e mesmo assim levei uma bolada nas costas. Quando cheguei em casa, olhei pela janela e realmente, todo mundo saiu de casa, de pijamas ainda, todos com bolinhas de neve nas mãos e tocando em todo mundo que passava. Me diverti pela janela! haha
Realmente neve é uma coisa muito divertida, linda e fria. Ai, como eu queria morar pra sempre num lugar que nevasse. E observando a neve, não parece tão frio! Acho que passei bem mais frio na Noruega, e não tinha tanta neve.
Ainda não fiquei gripada! Acho que esse clima da europa faz bem pra mim, haha. No brasil, nesse tempo, seria impossível eu não estar tossindo, nariz escorrendo, etc.
Mas enfim, os últimos dias aqui foram de vento e frio. No início de novembro chegou a ter ventanias de 90km/h, de não conseguir caminhar na rua direito. Ter que parar, esperar, respirar fundo e seguir seu rumo. Nesse tempo, aprendi a manobrar a minha sombrinha, direitinho! haha ela não virou mais com o vento, acho que já aprendi a metodologia da sombrinha no vento.
A rotina andava pegando esses tempos também, até o homem que entrega jornal na oconnell street já me conhece e me dá bom dia! Ele sabe que eu não pego jornal e a hora que eu passo por lá. Trabalho, volta do trabalho, supermercado, pão, leite, butter, pizza e nutella. Dorme. Acorda. Trabalho, volta do trabalho... Mas as viagens sempre nos deixam bem! Mesmo nos deixando mal (isso ficou confuso, mas é triste deixar alguém que ama, de novo. É triste a cada 2 meses ver a pessoa que eu gosto e ter que me despedir dela de novo.). Mas viagens me empolgam, e me deixam com vontade de viajar mais mais mais e fazer planos, realizar todos, estudar, comprar, viver. Realmente, viagens me fazem muito bem, me inspiram com coisas que eu jamais me inspiraria tanto.

Ah, uma coisa que me chamou bastante atenção aqui na Irlanda é a "amizade irlandesa".
Não sei, ok. Não conheço todos os irlandeses do mundo, não sei extamente como eles são. Mas só pelos do trabalho, percebi, que eles são sozinhos.
Meus dois chefes são sozinhos. Um deles, 27 anos, família mora longe e ele não tem ninguém, nem muitos amigos. O outro, mais velho, uns 40 anos? sozinho, sem muitos amigos, sem mulher. A felicidade dele é os sobrinhos, filhos da irmã dele.
Quando conversava com a irish da cozinha, percebia que ela também era sozinha. Não tinha muitos amigos, e os que tinha, eram parceiros apenas para beber. Isso é amizade pra eles? Beber...E depois, as máguas, amores quebrados...com quem eles conversam sobre isso?
Isso deve acontecer só com o pessoal lá do trabalho, até porque, a vida deles é trabalho. Eles não tem muito tempo para ficar pensando em amizade e encontrar a mulher da sua vida. E isso é triste, pra mim.
Agradeço que eu tenho amigos, família e pessoas que me amam no Brasil. Que no momento que eu me sentir mais sozinha, vou saber que eu tenho eles, seja lá onde estejam.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Holanda

Finalmente fui visitar a minha amiga que está morando na Holanda durante um ano.
Voltei da Noruega, trabalhei a semana inteira e sexta-feira peguei o voo para Eindhoven, chegando lá tive que pegar um onibus até a estação central, de lá pegar um trem para Amsterdam. Posso dizer que sim, estava com medo. Me sinto bem mais responsável, mas achei, realmente, que conseguiria fazer alguma coisa errada. Mas não! Estou muito orgulhosa de mim mesma, haha, achei que não seria capaz. Enfim, encontrei a minha amiga na estação central de Amsterdam, à noite.
Chegamos, já compramos um vinho (branco dessa vez), saimos bebendo pelas ruas lindas de amsterdam, conversando. Logo passamos pela red light street, que é uma das ruas mais famosas de Amsterdam, onde as prostitutas ficam na vitrine, e chamando as pessoas para elas trabalharem, haha. E isso é muito bizarro! Muitas vezes tinham várias outras lojas, e de repente uma mulher de calcinha e sutiã, numa vitrine. Lojas bagaceiras, engraçadas, bem divertido.

Procuravamos por uma coffeeshop, entramos em várias para conhecer e percebi que todas são o mesmo estilo: teto baixo, mesas, cadeiras, uma maquina de refrigerantes, um balcão com menu de maconha e outro de sucos, chá, e café. O interessante das coffeeshops é que é um lugar somente para fumar maconha e tomar alguma coisa não alcoolica. Proibido beber alcool, proibido fumar cigarros. Maconha com coca-cola, ou suco de laranja. Nada mais.
O cheiro de Amsterdam é o cheiro de maconha. Caminhando nas ruas, é só o cheio que sentimos, e essa liberdade por incrível que pareça traz organização, pontualidade, limpeza, paz, risadas. Um país tem que ser realmente muito organizado podendo legalizar algumas drogas e ainda assim ter todos esses pontos positivos. Essa foi a melhor qualidade que eu consegui encontrar em Amsterdam. Só vi um ato de violência, que foi um homem batendo em uma mulher, perto da estação central, mas ele era grosso mesmo, gente estúpida temos em qualquer lugar. E segundo minha amiga, holandeses acho que não veem diferença entre bater em um homem ou bater em uma mulher.
É interessante ver as pessoas fumando e passando na frente de um policial, haha.
De manhã, sábado, acordamos e vimos neve, branquinho, bonitinho. Encontramos as amigas da Beth em Amsterdam e turistamos, nos perdemos, rimos, foi divertido! Encontramos um bar que tocava rock, e ficamos lá bebendo uma cerveja.
À noite fomos para a cidade que a minha amiga mora com a família que ela cuida das crianças. Cidade bem bonitinha, pequeninha... com gansos e tudo mais, haha.
Conheci aquelas pessoas que eu passei horas ano passado e no início desse ano ouvindo sobre, vendo fotos, vendo o nervossismo da minha amiga quando eles ligavam e vendo que agora nossa, tudo é mesmo realidade e nós duas conseguimos realizar nosso sonho que tanto planejavamos e parecia tão real e ao mesmo tempo tão impossível naquela época.

Dormimos comendo chocolate, tomando coca e olhando desenhos em holandes.
De manhã ela teve que cuidar da pequeninha e logo depois já tinha que pegar meu trem para a estação/bus/aeroporto. Conheci pouco a cidade dela, gostaria de ter conhecido mais, mas mesmo assim valeu a pena. Foi pouco tempo, mas valeu a pena. Deu pra conhecer um pouco de Amsterdam.
Gostei bastante de lá, dos canais e tal... Conhecendo já 5 países, contando com a Irlanda, percebi que apenas um dos países eu trocaria pela Irlanda, que é a Alemanha. Sou completamente maluca pela Alemanha, ainda voltarei lá, para conhecer mais coisas, com certeza. Mas acho que escolhi bem meu país :)
Tá nevando muito aqui! Mas isso merece um post especial, logo mais eu faço.