segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Holanda

Finalmente fui visitar a minha amiga que está morando na Holanda durante um ano.
Voltei da Noruega, trabalhei a semana inteira e sexta-feira peguei o voo para Eindhoven, chegando lá tive que pegar um onibus até a estação central, de lá pegar um trem para Amsterdam. Posso dizer que sim, estava com medo. Me sinto bem mais responsável, mas achei, realmente, que conseguiria fazer alguma coisa errada. Mas não! Estou muito orgulhosa de mim mesma, haha, achei que não seria capaz. Enfim, encontrei a minha amiga na estação central de Amsterdam, à noite.
Chegamos, já compramos um vinho (branco dessa vez), saimos bebendo pelas ruas lindas de amsterdam, conversando. Logo passamos pela red light street, que é uma das ruas mais famosas de Amsterdam, onde as prostitutas ficam na vitrine, e chamando as pessoas para elas trabalharem, haha. E isso é muito bizarro! Muitas vezes tinham várias outras lojas, e de repente uma mulher de calcinha e sutiã, numa vitrine. Lojas bagaceiras, engraçadas, bem divertido.

Procuravamos por uma coffeeshop, entramos em várias para conhecer e percebi que todas são o mesmo estilo: teto baixo, mesas, cadeiras, uma maquina de refrigerantes, um balcão com menu de maconha e outro de sucos, chá, e café. O interessante das coffeeshops é que é um lugar somente para fumar maconha e tomar alguma coisa não alcoolica. Proibido beber alcool, proibido fumar cigarros. Maconha com coca-cola, ou suco de laranja. Nada mais.
O cheiro de Amsterdam é o cheiro de maconha. Caminhando nas ruas, é só o cheio que sentimos, e essa liberdade por incrível que pareça traz organização, pontualidade, limpeza, paz, risadas. Um país tem que ser realmente muito organizado podendo legalizar algumas drogas e ainda assim ter todos esses pontos positivos. Essa foi a melhor qualidade que eu consegui encontrar em Amsterdam. Só vi um ato de violência, que foi um homem batendo em uma mulher, perto da estação central, mas ele era grosso mesmo, gente estúpida temos em qualquer lugar. E segundo minha amiga, holandeses acho que não veem diferença entre bater em um homem ou bater em uma mulher.
É interessante ver as pessoas fumando e passando na frente de um policial, haha.
De manhã, sábado, acordamos e vimos neve, branquinho, bonitinho. Encontramos as amigas da Beth em Amsterdam e turistamos, nos perdemos, rimos, foi divertido! Encontramos um bar que tocava rock, e ficamos lá bebendo uma cerveja.
À noite fomos para a cidade que a minha amiga mora com a família que ela cuida das crianças. Cidade bem bonitinha, pequeninha... com gansos e tudo mais, haha.
Conheci aquelas pessoas que eu passei horas ano passado e no início desse ano ouvindo sobre, vendo fotos, vendo o nervossismo da minha amiga quando eles ligavam e vendo que agora nossa, tudo é mesmo realidade e nós duas conseguimos realizar nosso sonho que tanto planejavamos e parecia tão real e ao mesmo tempo tão impossível naquela época.

Dormimos comendo chocolate, tomando coca e olhando desenhos em holandes.
De manhã ela teve que cuidar da pequeninha e logo depois já tinha que pegar meu trem para a estação/bus/aeroporto. Conheci pouco a cidade dela, gostaria de ter conhecido mais, mas mesmo assim valeu a pena. Foi pouco tempo, mas valeu a pena. Deu pra conhecer um pouco de Amsterdam.
Gostei bastante de lá, dos canais e tal... Conhecendo já 5 países, contando com a Irlanda, percebi que apenas um dos países eu trocaria pela Irlanda, que é a Alemanha. Sou completamente maluca pela Alemanha, ainda voltarei lá, para conhecer mais coisas, com certeza. Mas acho que escolhi bem meu país :)
Tá nevando muito aqui! Mas isso merece um post especial, logo mais eu faço.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O sonho da Irlanda está acabando

É isso mesmo. Nós, brasileiros, ainda não sentimos o peso da crise econômica que está a nossa volta, mas ainda vamos sentir, é o que dizem as notícias.
Acho que aquele sonho dos Brasileiros que estão pensando em vir para a Irlanda está acabando. Não sei se vale a pena vir mais.
O salário mínimo deve baixar até o ano que vem, as contas irão aumentar, luz e tudo mais, vão começar a cobrar água, ou seja, vai ser caro para nós vivermos aqui daqui um tempo.
É a minha opinião, claro. Nada disso é concreto, mas todos sabemos a grande encrenca que a Irlanda está e acho que quem pensa em vir ano que vem, deve pensar 2, ou até 3x antes de vir.
Porque por 8,65 euros a hora eu até limpo o chão daquele pub, mas por menos, acho que não vale a pena o esforço.
Falando em menos dinheiro, o movimento do meu trabalho está diminuindo cada vez mais, quanto mais frio e neve se aproximando, menos trabalho e dinheiro temos. Tudo fica meio parado, e não sei se a crise não ajuda mais ainda.
Bem, fica aqui a minha dica para pessoas que pensam em vir para a Irlanda ano que vem. Pesquisem bem, pra ver se vale a pena mesmo!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Noruega

Noruega, isso sim é um país de primeiro mundo. É tudo tão perfeito, que chega a irritar.
Pessoas simpáticas, organizadas. Paramos na calçada para atravessar as ruas e todos os carros simplismente param. Não vi alguma vez políciais nas ruas, pois não é preciso, já que o indice de roubos é pouco.
Passei 4 dias na Noruega e com certeza foram os 4 dias mais frios da minha vida, e valeu a pena a cada minuto.
Chegamos lá, na quinta-feira, no aeroporto Rygge. Pegamos um onibus à caminho de Oslo. Já no aeroporto, logo saindo do avião, já vi a neve caindo. E foi a primeira vez na minha vida que eu vi neve, foi tão legal!
Oslo é uma pequena cidade, com cerca de 500 mil habitantes. Muito agradável, cidade típica européia. Muitos brasileiros vão para a Noruega e não gostam, penso que é porque realmente não existem muitos pontos turísticos lá, e precisamos admirar outros tipos de beleza, que poucos conseguem fazer.
Quinta foi o dia mais frio, com sensação de -12 graus. Compramos vinho, salgadinhos e pegamos o trem de noite, para Bergen.
De Oslo para Bergen são 7 horas e pouco de viagem. Então, dormimos e chegamos no outro dia de manhã. Em Bergen não estava tão frio, cerca de -3 graus. Essa cidade realmente me encantou! De todas (poucas) que eu já fui aqui na Europa, essa foi a mais lovely que eu já vi. As casinhas coloridas nas montanhas, cidade pequena, adorável. Percebi que lá a maior população são de idosos, ou pessoas com mais idade, vimos poucos jovens, na noruega eles vendem bastantes produtos deles, fabricados lá mesmo, poucos produtos são importados, como KitKat, Kinder Ovo, Coca-cola, somente essas marcas mais famosas, o resto, tudo novo para os olhos.
Sim, é caro ir para lá. Tudo é muito caro. Desde a acomodação, até a comida, água, pão, trem, onibus, até para ir ao banheiro, mas vale muito a pena, é tudo tão lindo que agente até paga, haha.
Comi carne de baleia lá, peixes maravilhosos na feira do peixe, em Bergen.
Dormimos num hostel bem aconchegante e no outro dia de manhã, pegamos nosso trem de volta para Oslo, onde passariamos mais uma noite. Foi então que descobrimos que não existe noite em Oslo (ou na Noruega toda). Poucos pubs, poucos lugares para sair. Poucas pessoas, sempre poucas pessoas na rua. Nunca como Londres, Dublin, que existem milhares de pessoas e carros na rua sempre. Movimento é muito pouco lá, cidade tranquila...gostoso de caminhar.
Como não tinha muita noite em Oslo, decidimos ir num supermercado e comprar algumas cervejas, chocolates e comer no Hostel. Engano nosso. Eles param de vender bebidas alcoolicas às 6pm nos sábados. Um país realmente diferente. Pessoal não é acostumado a beber muito, pelo jeito.
Domingos são sempre os mesmos em todos os lugares, acho. Algumas lojas não abrem, feirinhas nas praças, lindo. Pegamos um transporte de lá, parecido com o que temos aqui na Irlanda, que se chama Luas, para nos levar até o parque, já que estava muito frio para ir caminhando (estava caindo floquinhos de neve, bem de leve, apaixonante). vigeland park é o nome. Lindo, com obras de um artista, espalhados por todo o parque, muito lindo. E pra completar, o chão todo branquinho, nada poderia ser mais bonito.

Mas a educação foi o que me chamou mais atenção nesse país, pessoas querendo sempre ajudar, nada de lixo no chão, aquecedores até nos trens, onibus, impossível passar frio. Até o chão do banheiro do hostel que ficamos era quentinho, incrível, haha.
Das minhas viagens, essa foi a mais bonita e divertida que eu já tive. Em ótima companhia, nunca vou esquecer.
As vezes me pego pensando, será isso ainda um dos sonhos que eu tinha no Brasil, antes de vir pra cá? Ou é mesmo realidade? Estou mesmo conhecendo lugares lindos na Europa, vendo neve, fazendo coisas que eu nunca imaginaria estar fazendo com pessoas que eu imaginei que nem veria aqui. É tudo mágico demais pra ser verdade.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Big jumps - Emiliana Torrini


i walked all morning to lift my heart
'cause the world keeps dancing with
the paper man
i love you never talk in dreams
the now is here your happiness is real

oh make some big jumps, big jumps
you afraid to break somes bones?
come on do some big jumps, big jumps
life is yours alone
you hold your head up, your head up high
like you think i do
doop doodoop doodoop doo doo doop

sometimes i feel so confused
i'm under the illusion that i
have to choose
i love you always know always is the same

A música que deu origem ao nome do meu blog :)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O choque

Sim, acredito que todo mundo seja um pouco de lua, vezenquando. E aqui isso é mais que normal acontecer. Tem dias que eu quero, e outros que não quero mais.
Mas sentimentos como esse que eu sinto hoje, passam na cabeça de todas as pessoas que fizeram um intercâmbio, vieram para a Europa, conseguiram um trabalho ganhando no mínimo 8,65 euros por hora e conseguiram fazer coisas incríveis por aqui com isso. Conseguimos comprar coisas com preços absurdamente baratos comparado com o Brasil (tá, eu sou um pouco consumista sim, admito.), viajamos para o país que queremos, temos uma qualidade de vida boa, na minha opinião, chefe e faxineira são amigos e saem juntos, saem nos mesmos lugares, pubs, restaurantes sem o MÍNIMO preconceito ou desreconhecimento, afinal, somos todos iguais.
Quando que no Brasil vamos encontrar sem querer a faxineira que trabalha na nossa empresa bebendo uma cerveja no bar que a gente sempre costuma ir todas as sextas-feiras com os amigos? Desculpa se isso acontece com vocês, mas comigo, nunca aconteceu. As classes são muito separadas no Brasil, e isso que talvez deixa as pessoas tão revoltadas com esse país. Aqui, todo mundo pode tudo o que os mais ricos podem. Claro, tem suas exceções, tudo tem.
Quando que no Brasil, em uma semana de trabalho sendo cleaner, eu conseguiria comprar um Iphone, ou um Blackberry? Quem sabe então, em duas semanas de trabalho, comprar um computador da sony vaio?
Nos matamos no Brasil pra ganhar uma miséria e não conseguir comprar isso.
E viajar? Meu deus, ir pra Bahia, de Porto Alegre está em torno de 1000 reais, ou mais, não?
Aqui fazemos viagens incríveis por 200 euros (uma semana de trabalho, trabalhando part-time) e isso inclui hotel e comida, já.
Entendo perfeitamente o choque das pessoas que voltam para o Brasil. Disso que eu citei, existe mais coisas, claro. Mas isso está martelando na minha cabeça o dia todo. E isso me deixa irritada.
Por que, por que Brasil?

Ok, estou revoltada hoje. Desculpem-me

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Halloween

Ainda não entendo por que no Brasil não é comemorado essa data tão divertida.
Esse foi o primeiro halloween da minha vida, e eu achei tão divertido!
O halloween foi uma invenção irladesa mesmo, fiquei sabendo esses dias pelo meu chefe. O pessoal aqui, na semana do halloween fica correndo atrás de fantasias, enfeitam as casas, decoração das lojas, cinemas e até bancos! Mas claro, como não é só os brasileiros que deixam tudo para última hora, no sábado o centro estava completamente lotado! As lojas de 2 euros (vulgo 1,99 no brasil) estavam lotadas, pessoal correndo atrás de fantasias, maquiagens e afins.
O halloween este ano foi comemorado sábado e domingo. Muita gente só saiu no sábado, porque trabalhavam na segunda. Como eu trabalhava de qualquer maneira domingo e segunda, sai nos dois dias.
No sábado foi mais divertido, não sei se porque saimos mais cedo ou se estava mais cheio mesmo. Nos arrumamos, maquiamos, e fomos para o centro, no temple bar, onde tudo acontece, sempre.
Pessoal fantasiado com umas coisas sinistras e engraçadas, cantando e dançando na rua, bem divertido. Ficamos um pouco ali, olhando as fantasias e as pessoas e depois decidimos ir numa balada gay, the dragon, que tem na george street. Foi o melhor lugar que eu poderia ter ido. Os gays são os que tem as fantasias mais engraçadas, eles realmente se puxam.
No domingo, fizemos uma janta aqui em casa de halloween e depois o pessoal se separou, alguns ficaram em casa bebendo e outros sairam.
Fiquei triste porque no Brasil não se comemora... É tão divertido os preparativos e as festas com as pessoas fantasiadas, gente louca na rua fantasiada de super homem e tentando parar os carros nas ruas, se achando realmente um super homem. Um açougueiro dando susto em todo mundo. Encontramos até um mendigo com o colete do buzz lightyear!
Triste pensar que só vou ter esse halloween, ou, que vai demorar para mim ter outro halloween legal como esse, mas quem sabe, ano que vem no Brasil não resolvam comemorar de uma maneira legal o halloween, né?