segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

compartilhando mais um pouco de mim

Começando a vivenciar partes de uma vida típica irlandesa que eu não tinha antes. (Obvio, moro com estrangeiros, no centro e longe dos reais costumes irlandeses.)
Ontem fui num pub bem afastado do centro, de novo, onde meu amigo ia tocar, então fui com ele. Pessoas mais velhas, simpáticas, bebendo uma Bulmers ou Guinness, ótimo jeito de terminar um domingo antes de começar a semana.
Sentei numa mesa com duas senhoras, de mais ou menos 40 e poucos anos, e começamos a conversar, trocar culturas.
Elas adoraram saber que eu sou do Brasil (diferente do centro, onde as pessoas quase odeiam os brasileiros) perguntaram milhões de coisas, me deram dicas amorosas, de privacidade, etc. ha, achei super legal, senhoras de 40 anos conversarem sobre qualquer tipo de assunto, onde no Brasil isso nem sempre é possível, sendo senhoras dessa idade, tão reservadas. Logo mais tarde, o marido de uma delas chega, brincando com todos, da um beijo nela e se despede de todo mundo. Eu logo vou me despedindo da senhora também e ela me diz -o que? Só porque ele vai embora eu tenho que ir também? Capaz, isso não existe aqui. Sempre fico bebendo com as minhas amigas até eu ficar cansada. Fazemos isso todos os domingos. Isso sim é um ato de feminismo, gostei de ver! ficou de exemplo pra mim, ha. No fim, ficamos amigas e ela me convidou pra ir domingo que vem lá, que a mulher do cara que trabalha no pub é brasileira (sim, sempre tem) e ela vai vir e precisa me conhecer. Irlandeses simpáticos, não os que eu sempre conheci aqui no centro.
Passei o dia em Dublin 24, parques, lojas de discos, cds, livros. Estou me apaixonando mais e mais por esse lugar, cada vez ficando mais complicado de deixar algo que eu pensei que seria muito fácil.
Hoje, tenho 700 sentimentos dentro de mim, 50 vontades diferentes e 10 jeitos de tentar resolver tudo sem que eu fique muito mal. No fim, nada vai dar certo, ou tudo.
Não estou mais trabalhando, talvez essa seja a parte de tanta felicidade e vontade de Dublin, porque aqui, todos sabiam que o trabalho era o que mais me desmotivava a ficar aqui. Conheci pessoas fantásticas no meu trabalho, mas nada se compara as coisas que tive que suportar, abaixar a cabeça e fazer, naquele lugar. Meu último dia de trabalho foi uma droga, com meu chefe chato me enchendo o saco e mandando eu fazer milhões de coisas. Espero realmente não precisar olhar mais pra cara dele.
Pretendo fazer uma mini festa de despedida para as pessoas legais lá do trabalho, veremos. Do meu chefe querido, já sinto saudades.
Meu inglês foi de 8 para 800. Novas amizades que fizeram eu falar mais inglês. As vezes, até esquecer o português.
Estou feliz. Os problemas? bem...eu posso pensar depois!
Não gosto de gritar minha felicidade por ai, mas to explodindo, e preciso compartilhar.

Amanhã, exatos dois meses para deixar a Irlanda, a europa, minha nova paixonite.

Na foto, minha flatmate da Espanha. Segunda pessoa que mais me compreende aqui, no momento.

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