quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O sonho da Irlanda está acabando

É isso mesmo. Nós, brasileiros, ainda não sentimos o peso da crise econômica que está a nossa volta, mas ainda vamos sentir, é o que dizem as notícias.
Acho que aquele sonho dos Brasileiros que estão pensando em vir para a Irlanda está acabando. Não sei se vale a pena vir mais.
O salário mínimo deve baixar até o ano que vem, as contas irão aumentar, luz e tudo mais, vão começar a cobrar água, ou seja, vai ser caro para nós vivermos aqui daqui um tempo.
É a minha opinião, claro. Nada disso é concreto, mas todos sabemos a grande encrenca que a Irlanda está e acho que quem pensa em vir ano que vem, deve pensar 2, ou até 3x antes de vir.
Porque por 8,65 euros a hora eu até limpo o chão daquele pub, mas por menos, acho que não vale a pena o esforço.
Falando em menos dinheiro, o movimento do meu trabalho está diminuindo cada vez mais, quanto mais frio e neve se aproximando, menos trabalho e dinheiro temos. Tudo fica meio parado, e não sei se a crise não ajuda mais ainda.
Bem, fica aqui a minha dica para pessoas que pensam em vir para a Irlanda ano que vem. Pesquisem bem, pra ver se vale a pena mesmo!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Noruega

Noruega, isso sim é um país de primeiro mundo. É tudo tão perfeito, que chega a irritar.
Pessoas simpáticas, organizadas. Paramos na calçada para atravessar as ruas e todos os carros simplismente param. Não vi alguma vez políciais nas ruas, pois não é preciso, já que o indice de roubos é pouco.
Passei 4 dias na Noruega e com certeza foram os 4 dias mais frios da minha vida, e valeu a pena a cada minuto.
Chegamos lá, na quinta-feira, no aeroporto Rygge. Pegamos um onibus à caminho de Oslo. Já no aeroporto, logo saindo do avião, já vi a neve caindo. E foi a primeira vez na minha vida que eu vi neve, foi tão legal!
Oslo é uma pequena cidade, com cerca de 500 mil habitantes. Muito agradável, cidade típica européia. Muitos brasileiros vão para a Noruega e não gostam, penso que é porque realmente não existem muitos pontos turísticos lá, e precisamos admirar outros tipos de beleza, que poucos conseguem fazer.
Quinta foi o dia mais frio, com sensação de -12 graus. Compramos vinho, salgadinhos e pegamos o trem de noite, para Bergen.
De Oslo para Bergen são 7 horas e pouco de viagem. Então, dormimos e chegamos no outro dia de manhã. Em Bergen não estava tão frio, cerca de -3 graus. Essa cidade realmente me encantou! De todas (poucas) que eu já fui aqui na Europa, essa foi a mais lovely que eu já vi. As casinhas coloridas nas montanhas, cidade pequena, adorável. Percebi que lá a maior população são de idosos, ou pessoas com mais idade, vimos poucos jovens, na noruega eles vendem bastantes produtos deles, fabricados lá mesmo, poucos produtos são importados, como KitKat, Kinder Ovo, Coca-cola, somente essas marcas mais famosas, o resto, tudo novo para os olhos.
Sim, é caro ir para lá. Tudo é muito caro. Desde a acomodação, até a comida, água, pão, trem, onibus, até para ir ao banheiro, mas vale muito a pena, é tudo tão lindo que agente até paga, haha.
Comi carne de baleia lá, peixes maravilhosos na feira do peixe, em Bergen.
Dormimos num hostel bem aconchegante e no outro dia de manhã, pegamos nosso trem de volta para Oslo, onde passariamos mais uma noite. Foi então que descobrimos que não existe noite em Oslo (ou na Noruega toda). Poucos pubs, poucos lugares para sair. Poucas pessoas, sempre poucas pessoas na rua. Nunca como Londres, Dublin, que existem milhares de pessoas e carros na rua sempre. Movimento é muito pouco lá, cidade tranquila...gostoso de caminhar.
Como não tinha muita noite em Oslo, decidimos ir num supermercado e comprar algumas cervejas, chocolates e comer no Hostel. Engano nosso. Eles param de vender bebidas alcoolicas às 6pm nos sábados. Um país realmente diferente. Pessoal não é acostumado a beber muito, pelo jeito.
Domingos são sempre os mesmos em todos os lugares, acho. Algumas lojas não abrem, feirinhas nas praças, lindo. Pegamos um transporte de lá, parecido com o que temos aqui na Irlanda, que se chama Luas, para nos levar até o parque, já que estava muito frio para ir caminhando (estava caindo floquinhos de neve, bem de leve, apaixonante). vigeland park é o nome. Lindo, com obras de um artista, espalhados por todo o parque, muito lindo. E pra completar, o chão todo branquinho, nada poderia ser mais bonito.

Mas a educação foi o que me chamou mais atenção nesse país, pessoas querendo sempre ajudar, nada de lixo no chão, aquecedores até nos trens, onibus, impossível passar frio. Até o chão do banheiro do hostel que ficamos era quentinho, incrível, haha.
Das minhas viagens, essa foi a mais bonita e divertida que eu já tive. Em ótima companhia, nunca vou esquecer.
As vezes me pego pensando, será isso ainda um dos sonhos que eu tinha no Brasil, antes de vir pra cá? Ou é mesmo realidade? Estou mesmo conhecendo lugares lindos na Europa, vendo neve, fazendo coisas que eu nunca imaginaria estar fazendo com pessoas que eu imaginei que nem veria aqui. É tudo mágico demais pra ser verdade.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Big jumps - Emiliana Torrini


i walked all morning to lift my heart
'cause the world keeps dancing with
the paper man
i love you never talk in dreams
the now is here your happiness is real

oh make some big jumps, big jumps
you afraid to break somes bones?
come on do some big jumps, big jumps
life is yours alone
you hold your head up, your head up high
like you think i do
doop doodoop doodoop doo doo doop

sometimes i feel so confused
i'm under the illusion that i
have to choose
i love you always know always is the same

A música que deu origem ao nome do meu blog :)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O choque

Sim, acredito que todo mundo seja um pouco de lua, vezenquando. E aqui isso é mais que normal acontecer. Tem dias que eu quero, e outros que não quero mais.
Mas sentimentos como esse que eu sinto hoje, passam na cabeça de todas as pessoas que fizeram um intercâmbio, vieram para a Europa, conseguiram um trabalho ganhando no mínimo 8,65 euros por hora e conseguiram fazer coisas incríveis por aqui com isso. Conseguimos comprar coisas com preços absurdamente baratos comparado com o Brasil (tá, eu sou um pouco consumista sim, admito.), viajamos para o país que queremos, temos uma qualidade de vida boa, na minha opinião, chefe e faxineira são amigos e saem juntos, saem nos mesmos lugares, pubs, restaurantes sem o MÍNIMO preconceito ou desreconhecimento, afinal, somos todos iguais.
Quando que no Brasil vamos encontrar sem querer a faxineira que trabalha na nossa empresa bebendo uma cerveja no bar que a gente sempre costuma ir todas as sextas-feiras com os amigos? Desculpa se isso acontece com vocês, mas comigo, nunca aconteceu. As classes são muito separadas no Brasil, e isso que talvez deixa as pessoas tão revoltadas com esse país. Aqui, todo mundo pode tudo o que os mais ricos podem. Claro, tem suas exceções, tudo tem.
Quando que no Brasil, em uma semana de trabalho sendo cleaner, eu conseguiria comprar um Iphone, ou um Blackberry? Quem sabe então, em duas semanas de trabalho, comprar um computador da sony vaio?
Nos matamos no Brasil pra ganhar uma miséria e não conseguir comprar isso.
E viajar? Meu deus, ir pra Bahia, de Porto Alegre está em torno de 1000 reais, ou mais, não?
Aqui fazemos viagens incríveis por 200 euros (uma semana de trabalho, trabalhando part-time) e isso inclui hotel e comida, já.
Entendo perfeitamente o choque das pessoas que voltam para o Brasil. Disso que eu citei, existe mais coisas, claro. Mas isso está martelando na minha cabeça o dia todo. E isso me deixa irritada.
Por que, por que Brasil?

Ok, estou revoltada hoje. Desculpem-me

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Halloween

Ainda não entendo por que no Brasil não é comemorado essa data tão divertida.
Esse foi o primeiro halloween da minha vida, e eu achei tão divertido!
O halloween foi uma invenção irladesa mesmo, fiquei sabendo esses dias pelo meu chefe. O pessoal aqui, na semana do halloween fica correndo atrás de fantasias, enfeitam as casas, decoração das lojas, cinemas e até bancos! Mas claro, como não é só os brasileiros que deixam tudo para última hora, no sábado o centro estava completamente lotado! As lojas de 2 euros (vulgo 1,99 no brasil) estavam lotadas, pessoal correndo atrás de fantasias, maquiagens e afins.
O halloween este ano foi comemorado sábado e domingo. Muita gente só saiu no sábado, porque trabalhavam na segunda. Como eu trabalhava de qualquer maneira domingo e segunda, sai nos dois dias.
No sábado foi mais divertido, não sei se porque saimos mais cedo ou se estava mais cheio mesmo. Nos arrumamos, maquiamos, e fomos para o centro, no temple bar, onde tudo acontece, sempre.
Pessoal fantasiado com umas coisas sinistras e engraçadas, cantando e dançando na rua, bem divertido. Ficamos um pouco ali, olhando as fantasias e as pessoas e depois decidimos ir numa balada gay, the dragon, que tem na george street. Foi o melhor lugar que eu poderia ter ido. Os gays são os que tem as fantasias mais engraçadas, eles realmente se puxam.
No domingo, fizemos uma janta aqui em casa de halloween e depois o pessoal se separou, alguns ficaram em casa bebendo e outros sairam.
Fiquei triste porque no Brasil não se comemora... É tão divertido os preparativos e as festas com as pessoas fantasiadas, gente louca na rua fantasiada de super homem e tentando parar os carros nas ruas, se achando realmente um super homem. Um açougueiro dando susto em todo mundo. Encontramos até um mendigo com o colete do buzz lightyear!
Triste pensar que só vou ter esse halloween, ou, que vai demorar para mim ter outro halloween legal como esse, mas quem sabe, ano que vem no Brasil não resolvam comemorar de uma maneira legal o halloween, né?

terça-feira, 19 de outubro de 2010

6 meses

À pedidos dos leitores, estou postando mais seguido, então.
Como falei no último post, o frio cada vez chega mais perto da Europa, pelo jeito. E aqui na Irlanda já deu pra perceber que o vento é forte e frio e que a chuva é diária. E que eu, breve estarei gripada.
A Irlanda, apesar de não ser nada preparada para o frio (é o que todos dizem, vou poder descobrir quando nevar), dizem que a neve fica no caminho, atrapalhando. Mas eu achei tudo bem preparado, até agora. Na rua é frio, mas em qualquer lugar que a gente entra, é quentinho.
É engraçado, pois caminhando na rua, percebemos que existem variados tipos de pessoas, supondo hoje: Temperatura de 6 graus (friiio e vento gelado), algumas pessoas com casacos grossos, manta, luva e touca, outras só com um casaco e outras de manga curta. Sim, manga curta. Descobrimos logo que são irlandeses loucos e sem dente. (ai, coitado, eles são mesmo).
Vejo pelo pessoal do meu trabalho, todos são irlandeses e os que não são, são brasileiros. Os irlandeses são totalmente pirados, digo no sentido de sair, beber (não importando o dia. De segunda à segunda). Bebem, bebem, bebem, os pubs fecham as 3am e eles continuam bebendo (não sei como), dormem duas horas e vão trabalhar PODRES e BEBADOS, ainda. Não é que nem os brasileiros, que bebem e chegam no trabalho de ressaca. Eles realmente ainda chegam bebados. Depois ainda pedem pra mim ir comprar red bull pra eles.
Meu chefe se apaixonou pela bolacha Passatempo. Quer que a gente traga do Brasil pra ele comer.
Ele diz que não gosta de várias coisas do Brasil, até futebol ele torce pra Argentina. Não gosta de música brasileira, mas esses dias colocou no pub, não gosta de futebol brasileiro, mas admira quando eles jogam. E ele gosta de nós, isso eu tenho certeza. haha Ele vai ir para o Brasil em 2014, acho. Assistir a copa do mundo. E não é só ele que fala isso, todos europeus que eu conversei sobre a copa de 2014, dizem que querem ir pro Brasil. Convidei todos pra ficar na minha casa. Quero ver se todos resolvem ir mesmo. Vou precisar de reforços. haha
Esses dias tive que ir na minha escola para pegar minha carteirinha de estudante, para conseguir descontos no trem que vou pegar na Noruega, e decidi: não vou voltar a estudar lá depois das férias.
Primeiro que pretendo estar em Amsterdam no dia em que seria meu primeiro dia de aula.
Segundo que, logo que pegamos a rua da escola, já me sinto no Brasil. A rua é suja, feia e só existe pessoas falando português, aqueles brasileiros que acabaram de chegar e ficam no grupinho de brasileiros indo no pagode da festa brasileira toda quinta-feira.
A escola é meio desorganizada e o pessoal é todo brasileiro. Acho que posso aprender mais em casa, do que na aula. Vamos ver, talvez até lá, eu mude de idéia. Desde que cheguei aqui, sempre falei que detestava pessoas que não iam nas aulas, pagavam e não iam. Que mesmo a escola sendo ruim podemos aproveitar alguma coisa dela. Mas agora que cheguei aqui vi, que não é bem assim. Acabamos encontrando outras coisas pra fazer nesse tempo. E que quando a aula não é boa, e eu sei que vou me deparar com trilhões de brasileiros perdidos em Dublin, não dá vontade de ir. Só isso.
Ai, que lindo. dia 23 completo exatamente meio ano aqui. E estou feliz por isso. E triste, também. Tá passando rápido demais. E por que no Brasil, a vida passa tão mais devagar?

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Outono irlandês

Me perguntaram por que eu não escrevo mais no mue blog. Hm, não tenho muitas novidades mais e acabo esquecendo de postar, quando tenho. Depois de 6 meses as coisas acabam não sendo mais tão novidade como no primeiro mês que estamos aqui.
Tenho passado mal, planejado viagens, passado mal.
Sim, pra quem não sabe eu sofro de gastrite. Quando estava no Brasil, não quis fazer os exames (hehe) porque ele me parecia muito doloroso e eu resolvi vir sem fazer. Agora ando tendo crises mais fortes e os médicos aqui não são muito bons não. Então, nesses últimos tempos tenho ficado meio doente. Mas é algo que passa, e volta. Prometo que quando voltar pro Brasil vou fazer esses exames, tá.
E por causa dessa minha super gastrite, não pude ir para Paris, como havia planejado ir neste mês. Minha crise começou um dia antes de viajar, não melhorando para poder ir. Perdi a oportunidade, companhia e passagens. Mas o que eu posso fazer além de aprender a controlar a raiva que isso me causou? Nada.
Mas já tenho planos para França, que acho que serão melhores. Conhecer mais lugares na França, e com mais tempo.
O outono daqui é quase o inverno do Brasil. Passei por manhãs de 4 graus indo trabalhar. A temperatura em média aqui agora, está em torno de 10 graus. Gosto dessa temperatura, é um frio bom, não um exagero. Tenho que aproveitar enquanto ainda não chegamos nos -2 graus, haha. Os dias estão ficando cada vez mais escuros, é fácil de perceber. O sol já não aparece mais com tanta vontade e eu já preciso ligar a luz pra tomar café da manhã antes de ir pro trabalho.
Tenho meus dias bons e meus dias ruins. Aprendi muitas coisas comigo mesma aqui, percebi que temos muito o que aprender com nós mesmos, também. Não precisamos de alguém com nós o tempo todo. A solidão é importante também.
Fui no show da Kate Nash essa semana que passou. Foi dia 10/10/10, domingo.
Hm, comentários sobre o show:
Sempre pensei que ela fosse aquela menininha meiga do clipe Foundations, erro meu.
Ela chegou no show meio louca, com 2 corações pintados, um em cada buchecha, uma roupa bizarra e uma capa preta. (O que não deixou de ser legal também, só me surpreendeu)
No início do show, tocou umas 3 músicas sem mal falar com o público. Depois falou, que a corda da sua guitarra estava arrebentada, algo do tipo, e que ela não sabia o que tinha acontecido. OK, também ficaria meio braba se isso acontecesse comigo. Mas logo mais, ela foi se soltando e o show foi muito bom!
Percebi que ela estava meio cheirada do show, coisa que eu também não imaginava que ela fazia. Ingenuidade minha, pobre de mim.
É muito bom ir nos shows de bandas que a gente realmente gosta, porque acaba descobrindo coisas da banda, que é impossível de saber só lendo ou ouvindo músicas. Foi diferente do que eu imaginava que seria, mas não deixou de ser muito bom!
Sobre as viagens, tive uma pequena mudança de planos.
Novembro vou ver minha amiga na Holanda, espero que seja um fim de semana ótimo. E vou para Noruega em novembro, também.
Dia 15 de abril de 2011 estarei embarcando as 6am, rumo ao Brasil, chegando as 21h do mesmo dia.
Planos das minhas futuras viagens, pretendo não falar, mas estou empolgada com eles.

sábado, 25 de setembro de 2010

5 meses

Esses tempos tomei a decisão daquela estranha sensação que tinha de não conseguir decidir o que fazer da minha vida. Tem gente que consegue ir levando, eu, se não tenho uma coisa resolvida fico nervosa, as vezes nem durmo de noite, só pensando em como resolver o meu problema. Sei que tem coisas na vida que não adianta, temos, infelizmente, que esperar. Mas a minha vida, não pode.
Decidi que volto pro Brasil, em abril, dia 15. Um ano após a minha chegada.
Dá uma tristeza, ter que deixar a minha cidadezinha, linda, da europa. Com as casinhas pequeninas, sem um apartamento alto, bonito de se ver. Aquele ar antigo, parques bem cuidados que a gente pode sentar e tomar um sol, deixando a bolsa do lado, sem precisar se preocupar em ser assaltado, ou deitar em cima de um cocô de cachorro. Poder caminhar as 4am na rua, e que, o máximo que vai acontecer é vir um estrangeiro ou mesmo um nativo bebâdo encher o teu saco, nada demais pra pessoas com paciência.
É poder ter aquela companhia pra tomar um vinho de noite, assistir um filme ou rir de coisas idiotas, fazer jantas ou resolver sair do nada enquanto já estava de pijamas.
Poder se jogar na poltrona do restaurante do trabalho, roubar comida da cozinha do trabalho, pegar um chá, café ou suco e ficar meia hora conversando, até que alguém quase nos ver.
Ter a liberdade que eu sempre quis, e mais um  pouco. Poder fazer o que eu bem entender e quando eu bem entender.
Viajar barato e conhecer culturas diferentes em lugares perfeitos que não existem no Brasil.

Mas a gente não pode sempre sonhar, sonhar, sonhar. Precisamos acordar, também.
E eu sei, que muita coisa vai mudar quando eu voltar pro brasil. Minha liberdade ainda vai estar perto de mim. Existem algumas coisas que mudam, e que são impossíveis de voltar ao normal. A gente cresce, a gente amadurece.~
São 5 meses aqui, e já tenho tudo isso pra contar, pra sentir saudades quando eu voltar. Imagina quando chegar perto, não sei se vou aguentar.
Vou deixar coisas que eu amo aqui na europa, e que não sei se algum dia vou ter novamente.

Próximas viagens: Paris, em 8 dias.
E, se tudo der certo, em novembro, estou indo visitar uma amiga em Amsterdam, seguindo depois para Barcelona.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Alemanha

Quero aproveitar agora, que estou com todos os papéis, fotos e recordações quentinhas na minha cabeça ainda, pra postar aqui, pois na viagem de Londres demorei muito para postar e acabei perdendo muita coisa que eu queria muito lembrar.
Fui dia 06 de setembro para a Alemanha e voltei hoje. E o que posso dizer? O lugar é perfeito! Berlim é linda demais, não imaginava que era tão bonita e tão estranha, ao mesmo tempo.
Eu sempre fui muito ligada a história da segunda guerra, judeus, nazistas. Sempre gostei de ler livros, assistir filmes e qualquer conversa sobre o assunto eu estou ouvindo. Então pra mim foi muito bom estar lá, poder encostar no muro, ir no museu dos judeus e ler tantar outras histórias daquelas que sabemos sobre o que acontecia naquela época. E ir com meus avós foi a melhor coisa que eu podia ter feito. Eles foram os melhores "guias turísticos" que eu poderia ter. Minha vó sabe muita coisa sobre berlim e, ela pode ir me contando tudo que sabia sobre os lugares que a gente passava. Fora que, eles estiveram em Berlim várias vezes, principalmente enquanto o muro estava sendo derrubado, em 1989/1990. Foi mágico e uma super aula de história!
Dia 06, saimos daqui pela manha, com chuva (obviamente) e chegamos lá com um sol muito forte! Mas frio. Na Alemanha é mesmo muito frio. Chegamos no aeroporto de Frankfurt Hahn onde o Alois e a Beatrix estavam nos esperando (pra quem não sabe, eles são amigos da nossa família. Estamos sempre indo pra Alemanha ou eles nos visitando no brasil, sendo essa, a primeira vez que eu vou visitar eles). Se eu não me engano eles moram em Köhl Bonn e demora mais ou menos 1h40min do aeroporto. No caminho já pude ir percebendo que na Alemanha existem milhares de vilarejos, poucas cidades grandes. É um monte de estrada sem NADA e do nada, um pequeno vilarejo. E num desses eles moram. E foi lá que eu fiquei. Chegamos na casa da Rita, que nos recebeu muito bem (alemães são grossos mesmo, nunca duvide disso. Dificilmente se eles não te conhecem vão abrir um sorriso pra ti. Isso que me deixou um pouco nervosa, muitas vezes, em berlim) e com uma mesa enorme de comida típica. Meu deus. Posso dizer que ai, engordei uns 10 kilos. Salsicha, salame, mostarda, salada de maionese, queijo, e milhares de coisas que eu não faço a idéia do nome, foi lindo. Tive vergonha de tirar foto, até porque todo mundo falando alemão, eu não entendia bulhufas e estava nada.enturmada.

Lá conversei com a Jennifer, que tem 16 anos. Poucos deles sabem falar bem inglês. Ela sabia, então aproveitei a oportunidade de conversar com alguém.
Ficamos lá até o fim da tarde e logo mais fomos para a casa da Beatrix, onde dormiriamos. A casa é meio estranha, com enfeites bizarros. Tinha um tigre de pedra no banheiro e o filhotinho dele tambem. Foi estranho tomar banho tendo que olhar aquilo. Milhares de luzes, talheres banhados a ouro e todo esse tipo de coisa. Naquela noite dormi no quarto da Kathrin (que tem um ano menos que eu, filha do casal) pois ela não dormiria em casa (medo).
Logo cedo (5:30am) seguimos para uma cidadezinha, digo, vilarejo, para pegar o trem, pois haviamos comprado europass. O trem é demais! lindo, diferente, demais. Eles serviam ferrero rocher no trem e tudo mais haha me senti nas nuvens por alguns momentos.
Vem, vai, sai de trem, entra em trem, 4h30min depois, chegamos em Berlim! Não posso esquecer de falar da pontualidade deles. Se eles falam 2:31 é porque realmente o trem vai sair em 31 minutos! sem nem mais um segundo de acréssimo.
Chegamos em berlim, procuramos um hotel, deixamos nossas coisas e já fomos fazer um tour pela cidade. E foi ai que eu já me apaixonei. Tudo organizado, bonito, limpo, pessoas bonitas e estilosas. No fim paramos no Charlottenburg e comemos uma massa italiana no restaurante de um italiano tarado. (sem mais detalhes) Fomos para o Hotel, dormimos e no outro dia as 7am já estavamos tomand café pra poder conhecer todos os lugares da minha listinha.
Dos lugares que me marcaram, foram esses:
Museu dos judeus (realmente historias chocantes, pertences dos judeus, ultimos sinais de vida, ultima carta e tudo mais) Pra muito gente aquilo é meio ridículo, mas pra mim, realmente me deixou uma marca grande.
Checkpoint Charlie, que era o único meio das pessoas passarem de um lado para o outro do muro, naquela época. Foi por ali que eu comprei meu pedacinho do muro de berlim =}

East Gallery que é a parte do muro de berlim que eles renovaram para as pessoas poderem pintar no muro. Tem pinturas extremamente LINDAS.

Muro de Berlim, óbvio. Sem palavras de como eu gostei de estar lá e tocar no muro e aprender, mais uma vez, um pouco mais sobre ele.

Charlottenburg me marcou bastante também, porque lá tem os melhores restaurantes de berlim haha
Não entrei no Alexanderplatz, achei que não valia a pena gastar aquela fortuna pra olhar belim de cima e em 360 graus.
Ahh, e a maioria das sinaleiras para pedestres de Berlim, são assim:

Muitas coisas bagaceiras, erotic stores em casa esquina.
Na Alemanha, a salsicha do cão quente é 350 vezes maior que o pão.
A cerveja de lá realmente é FANTASTICA.


E o meu vô conseguiu perder os nossos europass. SIM! ele perdeu a bolsinha dele, com o diário de viagem dele, os europass de primeira classe, passagens de avião pra voltar pro brasil e a carteira de motorista internacional. Corremos berlim atrás disso, mas não tivemos sucesso, ficou perdido por ai. Isso meio que estragou a viagem pro meu vô. Jantamos e fomos pro hotel, dormir.
No outro dia, quinta-feira, estava chovendo. Resolvemos que iriamos tomar café da manha e voltar pra Köhl Bonn. Compramos nossas passagens de trem, segunda classe agora, e voltamos. Eu achei a segunda classe mais interessantes. Pessoas mais interessantes, apesar de muita gente.
Chegando lá, a beatrix fez um mini turismo comigo no vilarejo dela e vi que cada vilarejo tem tudo que as pessoas precisam pra viver. Nada mais e nada menos. Talvez eu aguentaria um mês lá, sem pirar. haha
Gostei do centro comercial. Por que aquilo realmente é um CENTRO COMERCIAL. tudo, tudo que tu imagina tem lá. Demais, enorme. Lá ela me deu um presente, recodação da família Höfe, ela disse. Ganhei um ursinho de pelúcia (já que aqui eu não tenho nenhum, e eu sinto falta disso, SIM) e um caderno novo, pra escrever, lindo.
Chegamos em casa, tinha café da tarde, mesa linda, bolos gostosos e café com leite condensado (siiiim, e é muito bom).
Ela é cabelereira, se ofereceu pra cortar meu cabelo, já que eu cortei esses tempos e ficou realmente... ridículo. Agora ficou bom, me sinto melhor tendo um corte de cabelo de novo. haha
Jantamos, mesa linda, salame, salsicha, sopa e tudo de novo.
Dormimos
Café da manha, mesa linda, salame, salsicha café com leite condensado e tudo de novo.
PS. engordaria horrores morando lá, entendo o porque das alemãs serem gordinhas.
e, infelizmente, voltei pra cá tendo que pagar 30 euros pra RYANAIR porque na Alemanha é a única porcaria de lugar que eles examinam se a mala vai entrar nas medidas certas deles, e a minha não entrou. óbvio, com ursinho de pelúcia dentro, como entraria?

....

Eu amei estar com meus avós, e eu já sinto falta deles.
Lembrei que sentia falta de tantas coisas, carinhos, mordomias que eu tinha antes, e que aqui, sozinha, eu não tenho.
Lembrei que eu tenho uma família que me ama muito, e que está me esperando de braços abertos no Brasil, pra hora de eu voltar. E que eles sentem a minha falta.
Eu não pude fazer todas as coisas que eu faria, se estivesse com um amigo ou mesmo sozinha. Mas acho que ganhei muito em troca e essa viagem foi muito boa e marcante pra mim. Me apaixonei por lá e volto a qualquer minuto com qualquer convite.
Toda volta de viagem é meio triste pra mim, talvez porque, todas as que eu fiz, deixei alguém que eu amo no país que eu estava partindo. É triste, mas a gente acostuma que, pra ter algumas coisas, precisamos deixar outras. E que no final, tudo vale a pena.
Bem.. amo a Alemanha e indico Berlim como um país ótimo pra viajar e conhecer, pra quem gosta de um pouco de história!



PS. Na foto, um pedaço da família Höfe.
PS2. MEU DEUS, como falar alemão é difícil.

domingo, 5 de setembro de 2010

um pouquinho do brasil, aqui comigo.

Um post pequeno, hoje. Afinal, estou nas pilhas para a minha viagem de amanhã, é íncrivel como uma viagem faz bem. Mesmo antes de ir me deixa feliz e de bem com a vida! mas não queria deixar de fazer um post falando da visita dos meus avós aqui em Dublin.

Eles chegaram quarta-feira. Foi muito bom poder ver eles depois de 4 meses longe. É uma sensação muito boa, poder abraçar alguém que se ama muito, e que fazia muito tempo que não via.
Tentei mostrar o máximo de lugares possíveis daqui de Dublin para eles. Acho que gostaram bastante. E perceberam, também, a quantidade de brasileiros vivendo por aqui. Por isso eu digo: Querido brasileiro, se você quer vir para cá estudar inglês, prefira outro lugar, porque aqui é capaz de você falar mais português que no Brasil. Ok, estou sendo bem exagerada, mas, que tem muitos brasileiros aqui, tem.
Falando em inglês, com meus avós aqui eu pude perceber como meu inglês está melhor. Como eu tinha que ajudar meus avós e pedir as coisas pra eles, eu vi como eu consigo me virar bem no inglês. Falar e entender bem. Fiquei muito feliz com isso! haha
Enfim, acho que foi muito bom ter eles aqui comigo. Ter um pouquinho da minha vida no brasil, aqui comigo. poder mostrar um pouco do que eu vivo aqui, e como é lindo o lugar que eu escolhi viver por um ano. não canso de dizer isso =)
e amanhã, alemanha! ufa. Breve um post que preste aqui

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Aniversário e Beirut

Depois de quase um mês, lembrei de escrever aqui de novo. Tenho escrito mais no meu caderno, acho que ele simboliza muito mais do que um simples blog na internet e lá eu posso escrever coisas minhas. Mas bem, voltando ao blog então. pelas pessoas que gostam de ler! =)
Muita coisa tem acontecido e ao mesmo tempo nada de mais tem acontecido. Parece estranho mas é isso mesmo.
Tenho trabalhado, comido bastante porcarias, tendo preguiça de cozinhar (hoje fui obrigada a ir no supermercado porque me descobri com apenas pão, nutella e manteiga pra comer) mas estou voltando a minha vida de cozinheira de novo. ps. Não se preocupe mãe, ando comendo alface e tomate quando posso.
O trabalho tem sido uma corda bamba. Alguns dias engraçados (como hoje que quase fomos pegas comendo os pães com geléia da cozinha) e outros péssimos.
Um dos piores ainda conseguiu ser no meu aniversário. Mas bem, primeiro vou falar a parte legal do meu aniversário, porque afinal, teve a parte boa.
O pedro veio passar alguns dias aqui antes do meu aniversário, tendo que voltar um dia antes pra Londres.
Foi muito divertido, consegui esfriar algumas coisas que estavam fritando na minha cabeça a algum tempo e aproveitei pra relaxar e afastar minha cabeça (e meu corpo, pois a parte física é muito maior que a mental no meu trabalho haha) do trabalho, foi muito bom.
No domingo acordei quase esquecendo que era dia 22 de agosto. Sozinha, tomei café da manhã e fui para o trabalho com um certo bom humor, pensando "não pode ser tão ruim assim. nahara". Mas pode. E foi.
Minha colega de trabalho passou mal e teve que ir embora, o trabalho estava meio busy e eu tive que fazer tudo sozinha, fiz chorando, meu chefe foi grosso comigo e eu voltei pra casa. Minha sorte são meus flatmates que me deram um livro e o outro trouxe um bolo de aniversário! Isso me fez sentir muito melhor, mesmo que pra eles possa parecer que não. As vezes uma simples coisa deixa a outra pessoa tão feliz que nem sabemos o quão bem fizemos à ela.
Resumi bastante, até porque não lembro muito bem.
Tive uma nova experiência, um aniversário sem as pessoas especiais do meu lado. Pensei que não seria assim, que eu simplismente não me importaria, seria apenas um dia qualquer. Mas não. Mesmo não me importando muito com a data eu me senti triste, querendo um abraço do pessoal do Brasil, me parabenizando.
E a outra parte boa do meu aniversário foi o presente que eu mesma me dei! O show do beirut, que foi perfeito e acho que posso colocar alguma parte do que eu escrevi no meu caderno aqui sobre o show:
"O melhor show da minha vida. Ok, não posso dizer exatamente isso porque ainda não fui em muitos shows, mas esse tenho muita certeza de que vai me marcar para sempre e foi um tanto quanto especial na minha vida.
Foi um show diferente, onde não tinha apenas uma bateria, baixo, guitarra. Tinham diversos instrumentos diferentes, os meninos são demais e juntoando toda a visão do palco, num geral, era LINDO de ver.
Eles tocaram as melhores músicas e quando tocou elephant gun eu tive muita vontade de chorar.
Essa música, posso dizer que marcou toda a minha preparação para vir pra Dublin e, para fechar com "chave de ouro" eu escuto ela aqui, ao vivo.
As vezes isso não parece verdade. Parece um sonho, muitas vezes.
[...]"
Acho que agora entendo perfeitamente as pessoas que falam "foi o show da minha vida."
Sempre achava um exagero. Mas, se elas sentem exatamente o que eu senti no show do Beirut, eu entendo e aceito.
Não tem explicações, sei lá. Tem coisas que não tem explicação, e todo mundo sabe disso.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

nunca vamos saber ao certo o que fazer

Hoje eu realmente não sei o porque de estar escrevendo. Não tenho nenhuma novidade e a minha vida anda..normal. Mas mesmo assim, vou tentar.
Consegui pegar holidays na aula. Na Eden College existe uma regra que, para tirar holidays preciso estar estudando pelo menos 3 meses. E foi o que eu fiz, fechando 3 meses fui lá (atendida pela pessoa mais simpática daquela escola até hoje, e era irish!) e peguei meus holidays. Minha aula vai recomeçar dia 26 de outubro (depois das minhas viagens) e vou ter mais 3 meses, logo depois disso, meus outros 3 meses de holidays e fim.
Hmm... fim? As vezes não sei se quero colocar essa palavra na minha história aqui da Europa.
Quando estamos no Brasil, pensamos que um ano é muito tempo, que com certeza vou conseguir realizar todas as coisas que eu quero, viajar para os principais lugares, aqueles que eu sempre quis conhecer, aprender inglês, conhecer culturas e pessoas diferentes.
Hoje, em 4 meses morando aqui, eu já vejo que isso é quase impossível de se fazer em um ano. Isso parece lei; um ano, pra quem não quer, passa voando. Ou posso dizer: pra quem não espera?
Estou percebendo que não vou conseguir conhecer os países da minha listinha mental, não vou conseguir voltar com um inglês ÓTIMO (claro, eu não consigo notar muita diferença no meu inglês, pois estou sempre convivendo com o português e inglês, e não me dou conta de como com certeza ele melhorou).
Ai começa a surgir aquela idéiazinha, que todo mundo tem quando vem pra cá: fico mais um tempo, ou não vale a pena?
Eis a minha dúvida. Sei que é muito cedo pra pensar nisso, mas gostaria de colocar isso aqui. As vezes, tenho a certeza de que, se eu voltar, vou me arrepender, me sentir sozinha no Brasil, pensando nas coisas que deixei de fazer, lugares que deixei de conhecer, pessoas que eu deixei aqui.
E tem dias, que o que eu mais queria era voltar para o Brasil, ter pra quem ligar, ter minha mãe, meu pai, me dando apoio e tendo um trabalho melhor. É o trabalho que me faz pensar em voltar, sempre. Tem dias que é um desastre, que tenho vontade de largar tudo ali e sair chorando, pensando -vale a pena, tudo isso? E já outros, eu me distraio bastante e nem vejo o tempo passar.
Mas, que bom que eu ainda tenho muito tempo pra pensar sobre isso, e ver o que vai ser melhor pra mim.
Apesar da crise de desemprego estar grande aqui, acho que já está na hora de eu voltar a minha entrega de currículos de novo.
Próxima viagem dos meus sonhos: França, em outubro. (pessoal lá do trabalho ainda não sabe que eu vou, ou seja, não pedi as folgas ainda e comprei a passagem. haha) Espero poder ver a Pauline lá. Seria legal conhecer a cidade que ela mora, mas acho que não vai dar tempo...
Acho que esse meu aniversário vai ser meio triste.

domingo, 1 de agosto de 2010

Galway

Já passou tanto tempo da minha viagem que eu nem lembro dos melhores detalhes que aconteceram, então provavelmente esse meu post não será muito detalhado e grande. Mas isso não quer dizer que a viagem não foi boa, ao contrário disso ela foi maravilhosa! Em ótima companhia, viagem que eu jamais vou esquecer.
Tudo começou com o Yuri batendo na porta do meu quarto 15 minutos antes do combinado de acordar (que era as 6am). Tomamos café, esperamos a Letícia chegar e pegamos um táxi em direção ao aeroporto para pegar o carro que haviamos reservado. Pegamos a chave do carro, nosso querido amigo GPS que foi o ser que mais falou, a viagem inteira, e que nos irritou bastante, também. As 8am já estavamos dentro do carro prontos para a nossa primeira parada que era Ardgillan castle. Castelos, castelos. Foi o que mais vimos nessa viagem. E como são lindos! E só de pensar que pessoas moravam lá a sei lá quantos mil anos atrás é demais!
Depois seguimos rumo ao newgrange que, estragou nosso roteiro. Tinhamos hora certa para ficar em todos os lugares, mas o newgrange tinha hora certa para visitar e o próximo bus só ia a 13:15. Então perdemos muito tempo lá e que, na minha opinião não foi o melhor lugar. Claro, é muito legal visitar um lugar onde mil anos atrás pessoas faziam rituais e cremavam pessoas lá. Mas acho que perdemos tempo para ver pouca coisa e deixamos de ver 2 castelos lindos por causa disso. Mas igual, tudo valeu a pena.
Visitamos o Hill of slane, que na minha opinião, depois do dunguaire castle, foi um dos melhores lugares. Depois, perdemos um pouco mais de tempo visitando o hill of tara que são marcas na grama, sendo assim, só é legal de ver quando se anda se helicoptero ou algo do tipo. Seguimos para o Trim castle, que estava fechado, uma pena, pois o castelo era LINDO e grande. Mas conseguimos tirar várias fotos ao redor, o lugar é muito bonito. No fim, comemos uma pizza gigante por lá (tá, foram duas) e fomos para Galway onde ficamos no nosso hostel muito bonitinho, saimos, bebemos em algum pub e no outro dia seguimos novamente nosso roteiro. Visitamos o dunguaire castle, cliffs of moher, galway bay....
Foi realmente muito bom, e espero fazer mais desses com meus queridos flatmates hehe.
Acho que tive sorte em encontrar esse pessoal por aqui. (ok, não se achem, vocês não são tudo isso, tá? ^^)

Hoje no trabalho foi um bando de mulheres fantasiadas, com fantasias verde e rosa, e essas coisinhas de menininhas. Fiquei sabendo que é uma despedida de solteiro e eu adorei.
A noiva e as amigas vão para todos os pubs (todos mesmo) e bebem uma cerveja em cada um deles. Isso acontece durante no mínimo 2 dias. é divertido ver, elas rindo, bebadas com aquelas fantasias ridiculas. Eu ia adorar essa despedida de solteiro!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Malahide

Ok. Tenho que escrever sobre Malahide - Irlanda.
Achei essa cidadezinha demais! Não conheci toda ela, mas é uma cidade bem pequena, sem muitas atrações, centro, lojas ou coisa alguma. A única atração mesmo de lá é o Malahide Castle.
Hoje, acordei as 11h (day off, nem acredito ainda), tomei café, me arrumei e fui com meus dois flatmates para lá. O Marcelo e a Marie. Foi muito bom a Marie ter ido junto, falamos só inglês e isso foi muito bom, pratiquei bastante e espero que seja sempre assim apartir de agora, foi muito legal.
Pegamos o Dart e acho que demorou uns 20 minutos para chegar até lá.
Quando chegamos fomos logo para o Malahide Castle. O caminho até lá é lindo! Numa mini floresta, bem bonitinho, como contam as histórias que tem castelos haha.
Chegando lá tem um jardim enoooorme, bem famoso por lá, onde, segundo meu flatmate, a Madonna fez um show onde choveu o tempo inteiro e que, talvez por isso, ela nunca mais veio por aqui fazer shows haha.
E então, o castelo. Ele é muito bonito, e por dentro também. Tem umas fotos da família que morava lá. O castelo é de 1180 D.C e pertenceu a família Talbot durante 700 anos. Depois, alguns dizem que sobrou apenas uma viúva na família e ela estava cheia de dívidas então vendeu para o governo o castelo. Bem, é incrível pensar que pessoas moravam lá a 700 anos atrás. Eu não cheguei a subir no segundo andar (porque pagava e eu estou num momento chamado -vamos economizar, naharinha). A Marie entrou, então eu e o Marcelo ficamos ali por baixo, passeando. Atrás do castelo tem um jardim que era da família e que tambem pagava para entrar e tinha uma igreja, aos pedaços, sem teto e na frente tinha um cemitério que era onde as pessoas da família eram enterradas. O lugar é todo estilo Europa antiga, lindo, lindo. Me apaixonei por tudo aquilo.



Logo depois, fomos para o centro de Malahide, que é do outro lado. O centro é bem pequeninho, sem muitas lojas, mas com bastaante coffe shop, onde paramos para comer um muffin com chocolate quente. Depois seguimos para Malahide beach que é uma praia meio feinha, nada muito interessante. Apenas água fria e AREIA! Não são pedrinhas como em Bray.

Mas o que me deixou apaixonada por aquele lugar são as pessoas que são realmente muito lovely. Sorrindo o tempo inteiro, simpáticas e pedindo sorry, sorry para tudo. Até as crianças são muito educadas, o que aqui em Dublin não acontece. As crianças daqui são realmente irritantes e mimadas.
Típica cidade do interior da Irlanda. Gostei!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

cansada, eu?

Bem....Não tenho escrito mais aqui porque a única coisa que eu tenho feito em Dublin é: Trabalhar.
Começando a falar de trabalho, fiquei sabendo esses tempos que a Irlanda está numa das piores crises de desemprego. Dizem que nunca esteve tão ruim. Olha, eu não sei. Mas os meus amigos que chegaram mais ou menos na mesma época que eu, poucos conseguiram um trabalho até agora. Alguns deles já estão até voltando para o Brasil, de mão abanando e com prejuizo na conta do brasil (haha).
E eu, tenho trabalhado horas e horas, seguindo  o ritmo rotineiro de sempre. Estou contando, amanhã vão ser 16 dias sem um único dia de folga. Sim, estou cansada. Era o que todo mundo me dizia. No verão, se trabalha muito por aqui. O ruim é que eu não tenho paciência para ir na aula depois. Tenho estado muito cansada e, ficar correndo a manhã inteira para de tarde sentar numa cadeira e ouvir um inglês com aquele sotaquezinho lindo, é quase uma canção de ninar pra mim.
Mas falando em sotaque, percebi que prefiro o sotaque irlandês que o inglês. Entendo melhor. Nunca entendo quando vem um inglês falar comigo, pedindo alguma coisa lá no trabalho. Ou eu me acostumei com o inglês da irlanda.
O clima já mudou também. Aqueles dias de sol se foram. Acho que o verão daqui é em torno de 1 mês. Chove todos, digo, todos os dias. Alguns abre um sol forte e logo mais, chuva. Outros o tempo nublado, depois de um tempo chuva. O dia pode começar chovendo e terminar em sol, também. Mas a chuva nunca deixa de dar o ar da graça. Dublin, querida.
Ultimamente anda difícil e cansativo morar por aqui. Não tenho animo para sair, pois estou sempre muito cansada, quando estou realmente muito triste não tenho um colo amigo, de alguém que eu realmente confie para contar todos os meus problemas. Algumas várias vezes, essa semana, pensei que -se eu tivesse uma passagem para voltar pro brasil hoje, eu voltava. Mas logo, caminhando pela cidade, eu vejo que não. Que não vale a pena fugir, sempre fugir. Sempre tive esse costume, mas que não vale a pena fugir por causa de um ou dois problemas, sendo que tem tanta coisa boa ao meu redor, também.
Só gostaria que as coisas fossem mais fáceis, que eu tivesse nascido por aqui, tendo passaporte daqui e todos os direitos como uma pessoa daqui, ter um inglês fluente com um sotaque lindo e ter uma base aqui. Algo que me sustente sempre, nas horas que eu perceber que estou caindo.
O importante é que eu vou para Galway segunda. E tenho mais planos de viagens para o mês de outubro e novembro. Vamos ver.

PS: começou a chover, com trovoadas. Trovoadas não são normais em Dublin, juro.
PS 2: na foto, Eason na Oconnel street. Minha tentação. Livros, livros e livros....