quarta-feira, 9 de junho de 2010

ai, meu pé.

Antes de mais nada admito. Me rendi a sombrinha. Essa semana está muito feia. Choveu todos os dias, na verdade hoje não choveu ainda mas o tempo está com cara de que vai chover mais tarde. E esfriou mais também. Então, um dia desse fim de semana, com muita chuva de manhã cedo, eu fui para o trabalho e cheguei totalmente molhada. Assim que sai do trabalho fui comprar uma sombrinha, mas ela é tão bonitinha que até da vontade de usar. Ovelinhas e trevinhos, quase feita especialmente pra mim haha.
Ando impossibilitada de caminhar. Faz alguns dias já. Domingo eu tive um aniversário de uma amiga e fui a pé, já sentindo uma dor no meu pé esquerdo. Quando acordei segunda de manhã para trabalhar estava doendo demais, mesmo. Fui mancando pro trabalho e desde então meu pé dói demais. Se eu caminho muito não consigo nem encostar direito ele no chão. Eu acho que algum nervo do pé inflamou, pois não estou acosutmada a ficar caminhando 350 horas por dia. Ontem foi meu day off e eu estava indo pra aula e percebi que eu não ia conseguir ir e precisava mesmo ir num médico (eu odeio médicos). Parei na metade do caminho, fiquei na egali com o pessoal. O Gui me ajudou, telefonou, falou com a irish chata da assistência médica, com aquele sotaque impossível de entender, foi muito querido (Guii, obrigado. De novo) e foi uma confusão. Eles mandaram um médico no prédio sem nem nos avisar, mas no prédio não tem interfone e então ele não conseguia entrar. Passamos a tarde toda resolvendo isso, comemos KFC (eu e o Léo comemos 2 master box, gordinhos) e só depois o médico chegou no apartamento. Sei lá como ele entrou, desconfiamos que ele podia ser um fantasma, mas enfim, não acredito muito nessas coisas, ainda. Ele examinou o meu pé, perguntou onde doia, se eu tinha torcido e tal e me receitou um remédio que custou 20 EUROS, que eu comprei hoje de manhã. Ou seja, pra quem vem, tragam mesmo muito remédio, além de só conseguir com receita é realmente caro. O inglês do médico era bom de entender. Mas da mulher da assist card não era. São nessas horas que dá um desespero de não conseguir entender o que estão querendo te falar e eu realmente precisava entender. Quero poder caminhar, daqui 8 dias estarei em Londres!!
Hoje de manhã, no caminho do trabalho (mancando) comprei o rémedio e já tomei o primeiro, daqui a pouco até tenho que tomar mais um. Espero que fique bom logo.
Ah, sem contar que eu tive o primeiro calo da minha vida (mas no outro pé). E doeu.
Estou começando a gostar de música eletrônica, ou aprendendo a gostar, não sei. Flatmates, obrigado. haha
Gosto de morar aqui, me sinto bem aqui. Pena que a Pauline está indo embora, voltando pra França.



Ninguém é de ferro. e eu admito, saudade dói.
Tantas vezes eu acordou e/ou vou dormir e sinto falta de algumas coisas do meu antigo cotidiano. Saudade até do meu antigo trabalho onde, era sentar num computador e deu. (Mas tem seus prós e contras, claro. Nesse trabalho eu posso conversar a vontade e o meu chefe ainda gosta de mim haha e posso comer de graça, também. E é divertido, também. E eu treino meu inglês.). Mas a saudade é uma coisa não tão legal. Mas eu realmente imaginava ela pior do que está sendo, tudo bem. eu sei que estou a pouco tempo aqui, ainda vai doer mais, eu sei.
Mas é não ter as pessoas que eu tanto gosto por perto quando eu preciso ou quando eu só gostaria de dar um abraço. É quando existe algum problema e eu tenho que resolver sozinha. É quando meu pé tá horrivelmente doendo e eu não consigo ir até o supermercado comprar uma massa pra mim cozinhar e ficar sem comida em casa. É ter aquela companhia pra comer uma pizza numa quarta-feira de noite, matando aula e em que o pai vai jogar tênis, sempre ficavamos sozinhas. É ter mais tempo para ler meus livros, é sentir faltar de olhar pra minha estante de livros (sim, eu sinto falta disso). Falta de ir na vó comer batatinha frita de tarde e conversármos sobre as 3000 viagens dela pelo mundo inteiro. Falta de ir na outra vó comer donnuts (sempre comendo) e conversar sobre todas as histórias romanticas ou não da vida dela, e sobre livros.
Sinto falta de muitas coisas já. Mas sei que vale a pena tudo isso que eu estou passando. Estou gostando de mais e não canso de repetir isso.
Estou perdendo algumas amizades e conquistando outras. E a vida anda me ensinando muita coisa ultimamente. A gente começa a perceber também, quem realmente se importa contigo e quem são e o que são os meus principais valores nessa vida.

Um comentário:

  1. tem um amigo meu que teve um esquema bem parecido com o teu no pé, três dias depois perdeu o pé...foda!!!

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